Decreto reorganiza gestão da Diocese de Roma

Com o desejo de tornar a Diocese de Roma, da qual é Bispo, em um modelo de “comunhão e sinodalidade”, o Papa Francisco editou um decreto em que reorganiza as estruturas de gestão do Vicariato de Roma. Trata-se do organismo que funciona como uma cúria diocesana, ou sede administrativa da Diocese.

“Na comunhão das Igrejas, à Igreja de Roma é confiada a especial responsabilidade de acolher a fé e a caridade de Cristo, transmitida pelos apóstolos, e de testemunhá-la de modo exemplar”, diz o primeiro parágrafo do decreto, intitulado In ecclesiarum comunione. “É, portanto, primária preocupação do seu Bispo prover quanto necessário para que essa Igreja corresponda ao que lhe diz o Espírito do Senhor Jesus Cristo.”

Na prática, o Papa Francisco assume um papel de maior presença no cotidiano da Diocese, participando de ao menos três reuniões mensais com o Conselho Episcopal, formado pelo Cardeal Vigário – atualmente o Cardeal Angelo De Donatis – e os bispos auxiliares. Todos eles são nomeados pelo Papa e podem atuar em seu nome em diferentes áreas.

Desse modo, o poder passa a ser mais compartilhado entre o Cardeal Vigário e os bispos auxiliares, que, por sua vez, atuarão em maior sintonia com o Pontífice. O Papa pede que lhe sejam submetidas até mesmo nomeações de párocos, assim como as de diretores e vice-diretores dos escritórios. Ele também quer conhecer de perto os candidatos ao sacerdócio antes de serem aceitos no seminário.

Também foi criada a figura de um “vice-gerente”, um dos bispos auxiliares, que será o gestor do Vicariato de Roma. Serão instituídos, ainda, organismos de supervisão financeira e organizacional, para aumentar a responsabilidade no uso dos bens da Igreja. (FD)

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