Iniciativa motivada pelo Papa Francisco tem desencadeado processos que visam a contribuir para uma nova época de pensamento e práticas econômicas
Tem início na quinta-feira, 22, em Assis, o evento global “Economia de Francisco”, que prossegue até sábado, 24, quando os mais de mil jovens, de 120 países, irão se reunir com o Papa Francisco.
O Santo Padre expressou com entusiasmo seu desejo de estar presente e encontrar os jovens economistas, empreendedores e agentes de mudança do mundo, que estão envolvidos há três anos na “Economia de Francisco”, o processo desejado pelo próprio Pontífice, para lançar as bases de uma nova economia, mais justa, equa e fraterna.
Nestes anos, o Santo Padre sempre se manteve atualizado sobre as atividades realizadas pelos jovens a quem deu palavras de inspiração e encorajamento em duas mensagens em vídeo por ocasião dos eventos da “Economia de Francisco” que foram realizados on-line em 2020 e 2021, devido à pandemia. Agora chegou o momento do encontro presencial em Assis.
Neste primeiro dia, após a abertura oficial do evento, os jovens se encontram em sessões, discussões e mesas redondas para apresentar ideias e projetos, enfrentar questões econômicas e os desafios contemporâneos.
Uma das temáticas é: “a única guerra justa é a guerra que não combatemos; mesa-redonda sobre a solidariedade internacional e a prevenção dos conflitos armados.
Haverá, ainda, a apresentação de projetos, laboratórios artísticos e colóquios em grupos, bem como a apresentação de livros e o muro da gratidão, com frases dos jovens sobre a gratidão.
Ainda no dia de hoje a sessão plenária com a participação de convidados “sênior”, entre os quais o Padre Vilson Groch, de Florianópolis (SC).
A PRESENÇA DO PAPA
Em Assis, no sábado, o Papa será recebido por três jovens da “Economia de Francisco”, pelo prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Michael Czerny, por Dom Sorrentino, Bispo de Assis, além de autoridades civis, membros do Comitê Organizador, representantes das famílias franciscanas e da Pro Civitate Christiana.
“É uma esperança que é movida por uma fé: o Papa acreditou nos jovens porque acredita em Deus. Os jovens podem ser a sua voz, a sua profecia. Há a necessidade de falar uma nova linguagem que deve inspirar-se na escuta das grandes orientações dadas pela Palavra de Deus. A maior delas é o amor, que resume todas. E deve também inspirar-se na escuta da realidade, uma realidade que inquieta”, disse Dom Sorrentino, em entrevista ao Vatican News.
O Bispo de Assis comentou que ao mesmo tempo em que há uma economia que está crescendo em tecnologia, esse desenvolvimento está concentrado em pouquíssimas mãos: “Há milhões de pobres que não têm o mínimo, não têm dignidade. E depois há um planeta que grita porque sofre. Estamos todos experimentando os efeitos extremos dessa falta de respeito. O Papa Francisco vem aqui com a esperança de que jovens economistas e empresários, colocando suas vidas em risco, possam fazer um exame de consciência fazendo um pacto”.
Ainda no sábado, após um momento artístico-cultural, o Papa ouvirá o testemunho de oito jovens de todo o mundo. Depois, fará seu discurso e assinará o Pacto com os jovens da Economia para iniciar a mudança na economia por ele mesmo desejada.
O programa completo dos três dias será centrado na coleta das ideias e experiências geradas em todo o mundo nestes três anos de trabalho.
QUEM SÃO OS PARTICIPANTES?
Os participantes são jovens de todo o mundo que nestes últimos três anos criaram uma verdadeira comunidade que produziu projetos, iniciativas, estudos e materiais de aprofundamento.
A idade média dos participantes da Economia de Francisco é de 28 anos, 30% vêm do mundo dos negócios e outros 30% da pesquisa, enquanto 40% são agentes de mudança (estudantes, movimentos sociais, ONGs).
A maior parte deles é proveniente da Europa (35%) e América Central – do Sul (30%), África (20%), mas Ásia e América do Norte também estarão representadas, de onde virão 8 e 6% dos participantes, respectivamente. No encontro em Assis temos mais de 100 jovens brasileiros.
Os jovens de Assis se reunirão nas 12 “aldeias” ou “vilas” temáticas que darão seguimento às virtuais nas quais se trabalhou nestes dois anos de pandemia: Trabalho e cuidado; Gestão e doação; Finanças e humanidade; Agricultura e justiça; Energia e pobreza; Vocação e lucro; Políticas para a felicidade; CO2 da desigualdade; Negócios e Paz; Economia é mulher; Empresas em transição; Vida e estilos de vida.
PARA ACOMPANHAR O EVENTO
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