Papa: com a Ascensão, Jesus levou nossa humanidade para o céu

Afirmou o Pontífice no Regina Caeli deste VII Domingo da Páscoa

A partir do dia da Ascensão, o próprio Deus, poderíamos dizer, “mudou”: desde então, não é mais apenas espírito, mas, pelo tanto que nos ama, carrega em si a nossa própria carne, a nossa humanidade! Assim, nosso lugar de direito é indicado, nosso destino está lá.

Foi o que disse o Papa Francisco no Regina Caeli do domingo, 21, VII Domingo do Tempo Pascal, na alocução que precedeu a oração mariana rezada com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.

O Pontífice ressaltou que celebramos a Ascensão do Senhor, uma festa que conhecemos bem, mas que pode suscitar algumas perguntas, ao menos duas.

A primeira: por que festejar a partida de Jesus da terra? Sua partida parece ser um momento triste, não algo para se alegrar! E uma segunda pergunta: o que Jesus está fazendo no céu agora, por que é importante que esteja lá? Por que festejamos e o que Jesus está fazendo agora: essas são duas perguntas que nos ajudam a entender aquilo que celebramos.

POR QUE FESTEJAMOS?

“Porque, com a Ascensão, algo novo e belo aconteceu: Jesus levou nossa humanidade para o céu, para Deus. Essa humanidade, que Ele assumiu na terra, não permaneceu aqui, ela ascendeu a Deus e estará lá para sempre”, disse o Papa, citando um antigo Padre na fé: “Esplêndida notícia! Aquele que se fez homem por nós […], para nos fazer seus irmãos, apresenta-se como homem diante do Pai, para levar consigo todos os que estão unidos a ele”.

O QUE JESUS ESTÁ FAZENDO NO CÉU

A segunda pergunta, que o Pontífice respondeu foi: o que Jesus está fazendo no céu? Ele está para nós diante do Pai, mostra-Lhe continuamente nossa humanidade, as feridas.

“Gosto de pensar que Jesus, diante do Pai, ora assim: fazendo-o ver as feridas. ‘Isto é o que eu sofri pelos homens: fazei alguma coisa!’. Ele lhe mostra o preço da redenção. O Pai fica comovido. Isso é algo que eu gosto de pensar… mas pensem também vocês, é assim que Jesus ora”.

Nesse sentido, o Papa lembrou que a intercessão é fundamental. Essa fé também nos ajuda: não perder a esperança, não desanimar. Diante do Pai, há alguém que lhe mostra as feridas e intercede, ressaltou o Pontífice. Francisco concluiu pedindo que a Rainha do Céu nos ajude a interceder com o poder da oração.

DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Neste domingo, 21, no Dia Mundial das Comunicações Sociais, este ano com o tema “Falar com o coração”, da janela do Palácio Apostólico que dá para a Praça São Pedro, Francisco dirigiu sua saudação aos jornalistas e aos profissionais da comunicação presentes na praça: “É o coração que nos move a uma comunicação aberta e acolhedora”, explicou, agradecendo aos profissionais da comunicação “pelo seu trabalho”, fazendo votos de que “estejam sempre a serviço da verdade e do bem comum”.

O Papa pediu então aos fiéis presentes na praça um aplauso para todos os jornalistas. Também presente no Regina Caeli uma delegação da Ucsi, Unione Cattolica da Imprensa Italiana, que pela manhã deste domingo participou de uma missa no Centro San Lorenzo, próximo da Praça São Pedro, e que nestes dias realizou várias iniciativas para celebrar este Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Em sua mensagem, Francisco explica que “o chamado para falar com o coração desafia radicalmente nossos tempos, tão propensos à indiferença e à indignação”.

“No contexto dramático de conflito global que estamos vivendo, é urgente afirmar uma comunicação não hostil. Precisamos de comunicadores envolvidos na promoção do desarmamento integral e comprometidos em desmantelar a psicose da guerra que nidifica em nossos corações”. 

É forte o convite a ir contracorrente para apoiar as aspirações de paz seguindo o exemplo de São Francisco de Sales: “Sua atitude mansa, sua humanidade, sua disposição de dialogar pacientemente com todos e especialmente com aqueles que se opunham a ele”, escreve o Papa, “fizeram dele uma testemunha extraordinária do amor misericordioso de Deus”.

Fonte: Vatican News

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