Papa exorta novos cardeais a permanecerem sempre no caminho do Senhor

Papa Francisco preside Consistório na Basílica de São Pedro (Foto: Vatican Media)

O Papa Francisco presidiu neste sábado, 28, o Consistório Ordinário Público no qual foram criados 13 novos cardeais.

A celebração aconteceu na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com um número reduzido de fiéis e seguindo os protocolos sanitários para prevenção da COVID-19.

Durante o rito, receberam o barrete, anel e o título cardinalício: Dom Mario Grech, secretário geral do Sínodo dos Bispos; Dom Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos; Dom Antoine Kambanda, Arcebispo de Kigali, em Ruanda; Dom Wilton Gregory, Arcebispo de Washington, nos Estados Unidos; Dom Celestino Aós Braco, Arcebispo de Santiago do Chile; Dom Augusto Paolo Lojudice, Arcebispo de Siena-Colle Val d’Elsa-Montalcino, na Itália; Frei Mauro Gambetti, franciscano conventual, Custódio da Comunidade Franciscana de Assis, na Itália.

Dom Cornelius Sim, Bispo titular de Puzia da Numídia e Vigário Apostólico de Brunei, Kuala Lumpur, e Dom José Advincula, Arcebispo de Capiz, nas Filipinas, não puderam comparecer à celebração devido à pandemia, mas receberão futuramente as insígnias cardinalícias.

Cardeais de todo o mundo se unem virtualmente ao Consistório no Vaticano (Foto: Vatican Media)

Uniram-se aos cardeais presentes no Vaticano os purpurados de diversas partes do mundo, que acompanharam o Consistório por meio de uma plataforma digital que exibia suas imagens em monitores instalados na Basílica. Dentre esses estava o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, que, como afirmou ao O SÃO PAULO, participou da celebração na “basílica virtual” em comunhão com os membros do Colégio Cardinalício.

Caminhar com Cristo

Na homilia, o Santo Padre meditou a partir do trecho do Evangelho de Marcos, no qual Jesus caminha com os discípulos e anuncia pela terceira vez o que o aguarda em Jerusalém.

“A cena descrita pelo evangelista Marcos se passa no caminho. E, no mesmo ambiente, se desenrola o percurso da Igreja: o caminho da vida, da história, que é história de salvação na medida em que o percorrermos com Cristo, rumo ao seu Mistério Pascal. A Cruz e a Ressurreição pertencem à nossa história: são o nosso hoje, mas constituem sempre também a meta do nosso caminho”, afirmou o Pontífice.

O Papa ressaltou, ainda, o desejo expresso por Tiago e João, de se sentarem um à direita e outro à esquerda do Mestre, quando este estiver na glória, não é o caminho de Jesus. “É o caminho de quem, talvez sem se dar conta sequer, se aproveita do Senhor para se promover a si mesmo; o caminho de quem – como diz São Paulo – procura os próprios interesses, e não os de Cristo”, sublinhou.

Celebração na Basílica de São Pedro seguiu protocolos sanitários devido à pandemia (Foto: Vatican Media)

Sempre vigilantes

“Queridos irmãos, todos nós amamos Jesus, todos queremos segui-lo, mas devemos estar sempre vigilantes para permanecer no seu caminho. Pois, com os pés, com o corpo, podemos estar com Ele, mas o nosso coração pode estar longe e levar-nos para fora do caminho”, alertou Francisco, acrescentando que o vermelho das vestes cardinalícias, que se refere ao sangue, “pode se tornar, para o espírito mundano, a cor de uma distinção eminente”.

“Também nós, Papa e Cardeais, devemos espelhar-nos sempre nesta Palavra de verdade. É uma espada afiada: corta, é dolorosa, mas, ao mesmo tempo, cura-nos, liberta-nos, converte-nos. A conversão é precisamente isto: sair de fora do caminho, ir para o caminho de Deus”, completou o Santo Padre.

(Com informações de Vatican News)

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