Papa: nos fará bem entender o grande silêncio da Mongólia

Declarou o Pontífice em conversa com os jornalistas a caminho do país asiático. Avião com o Santo Padre deve chegar à Ulan Bator, às 23h (horário de Brasília)

O Papa Francisco, depois de cumprimentar os cerca de setenta jornalistas que o acompanham a bordo do voo para a Mongólia – onde realizará a 43a viagem apostólica de seu pontificado até a segunda-feira, 4 – expressou uma das peculiaridades do povo mongol que ele está prestes a visitar.

“Ir à Mongólia é ir a um povo pequeno em uma terra grande. A Mongólia parece não ter fim e os habitantes são poucos, um povo pequeno (poucos em número) de grande cultura. Acho que nos fará bem entender esse silêncio, tão longo, tão grande. Isso nos ajudará a entender o que significa, mas não intelectualmente, e sim com nossos sentidos”, disse, respondendo a um dos jornalistas.

E ressalta: “a Mongólia se entende com os sentidos”. Em seguida, ele acrescenta uma citação cultural:

“Deixe-me dizer que talvez nos faça bem ouvir um pouco da música de Borodin, que foi capaz de expressar o que significa essa extensão e grandeza da Mongólia”.

O cantil perfurado por balas na Ucrânia

Durante as saudações aos jornalistas que viajam com o Papa, foi mostrado a ele um cantil de água: pertence a um soldado ucraniano que foi salvo de uma explosão. Ele levou esse objeto a uma igreja em Lviv para agradecer por ter se salvado.

Foi a jornalista Eva Fernandez, da Radio Cope, que contou essa história. Ela está temporariamente de posse do objeto para poder mostrá-lo ao Papa. Esse objeto, com os sinais de guerra gravados nele, será, de qualquer forma, devolvido à igreja com a bênção que Francisco quis dar hoje.

Durante a troca de saudações, Francisco também respondeu a uma pergunta feita pelo jornalista da Ansa, Fausto Gasparroni, sobre o acidente que ocorreu pouco depois da meia-noite desta quinta-feira em Brandizzo, na região de Turim, onde cinco trabalhadores morreram ao serem atropelados por um trem. O Papa disse que esses acidentes são sempre uma falta de cuidado. Os trabalhadores são sagrados, disse ele.

Fonte: Vatican News

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