Pentecostes: O Espírito Santo ‘renova a terra’ criando harmonia entre diferentes

Vatican Media

Em referência às palavras do Salmo cantado no Domingo de Pentecostes, 28, que diz “Envia o teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra” (104,30), o Papa Francisco afirmou que o Espírito Santo é capaz de produzir harmonia mesmo onde há diferenças. O Espírito Santo é aquele que “no princípio dos tempos, faz passar as realidades criadas da desordem à ordem, da dispersão à coesão, da confusão à harmonia”. A discórdia e a divisão presentes no mundo, que produzem “indiferença e solidão”, guerras e conflitos, hostilidade e desagregação, são produtos do “espírito divisor, o diabo”, disse o Papa Francisco. Esse “espírito maligno que seduz toda a terra” se alimenta de “antagonismos, injustiças, calúnias”. Mas o “Espírito do Senhor”, continuou, é um “Espírito bom, o Espírito Santo, que se opõe ao espírito divisor porque é harmonia, Espírito de unidade que leva à paz”.

A invocação do Espírito Santo, disse ele, é um caminho para superar as divisões, respeitando os diferentes dons que o mesmo Espírito concede individualmente. “Cada um recebe graças particulares e carismas diferentes”, recordou o Pontífice, descrevendo a cena de Pentecostes, na qual o Espírito desce sobre cada um dos apóstolos. “A sua harmonia não é uma ordem imposta e homologada”. O Espírito não conduz “um projeto estruturado”, mas, em vez disso, “distribui dons gratuitos e abundantes”.

Na cena de Pentecostes, todos foram contemplados de alguma forma, notou o Papa, e, portanto, “o Espírito cria harmonia e, assim, nos convida a provar surpresa pelo seu amor e pelos seus dons presentes nos outros”. Identificar o Espírito em cada “irmão e irmã na fé” é necessário para viver, por exemplo, a sinodalidade. Colocando o Espírito Santo no centro da Igreja, comentou Francisco, Ele produz “harmonia em nossos corações”, abertura aos outros, reconciliação e comunhão.

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