Vaticano reestrutura finanças e diminui déficit anual

Vaticano
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A Santa Sé registrou déficit de 33,4 milhões de euros em 2021, ante 42 milhões de euros no ano anterior. Conforme comunicado da Secretaria para a Economia, publicado na sexta-feira, 28 de janeiro, são 90 as instituições incluídas em seu orçamento. Até 2020, eram 60. A adesão de 30 instituições permitiu que a receita fosse maior e o resultado do balanço, um pouco menos apertado, mesmo em ano de doações reduzidas pela pandemia.

Além dos organismos da Cúria Romana, no Vaticano, este orçamento inclui organizações como o Hospital Pediátrico “Bambino Gesù”, as quatro basílicas papais de Roma e os santuários de Loreto, Pompeia e Pádova. As entradas totalizaram 769,6 milhões de euros e as despesas, 803 milhões de euros. A cotação atual do euro é de aproximadamente R$ 6.

A inclusão de mais instituições no orçamento, disse o Prefeito da Secretaria para a Economia, Padre Juan Antonio Guerrero Alves, permite “ter uma visão mais completa da situação”, além de “aumentar a transparência e o controle” das finanças. Embora não estejam na Cúria, estas organizações dependem diretamente da Santa Sé.

As obras de missão apostólica financiadas pela Santa Sé envolvem atividades como a evangelização em países com recursos limitados, o sistema de comunicação do Vaticano e a caridade do Papa, principalmente o Óbolo de São Pedro.

De acordo com o Prefeito, o ano de 2021 registrou “uma contenção de gastos sem reduzir a caridade do Papa, mas aumentando- -a”. Nesse sentido, ele destaca a distribuição de vacinas a pessoas em situação de rua e as ajudas a igrejas locais.

Embora seja difícil continuar reduzindo as despesas da Santa Sé, “pois a missão precisa ser realizada”, Padre Guerrero pretende desenvolver planos para aumentar as receitas no médio e longo prazos, reestruturando o patrimônio existente.

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