Campeões e devotos da Padroeira do Brasil

Apresentamos, a seguir, algumas dessas histórias de devoção

Arquivo pessoal/Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians/Santuário Nacional de Aparecida

Nas arquibancadas, campos, pistas e quadras não é incomum ver quem peça “a ajuda dos céus” na hora de uma competição esportiva. No Brasil, esse pedido muitas vezes vem acompanhado de alguma oração a Nossa Senhora Aparecida. Apresentamos, a seguir, algumas dessas histórias de devoção.

A gratidão do ‘Fenômeno’ a Nossa Senhora

Superação é palavra chave na vida de Ronaldo Nazário de Souza, um dos maiores jogadores da história do futebol. Por três vezes, o ‘Fenômeno’ viu sua carreira perto do fim, mas, com muito esforço e fé, conseguiu superar os desafios.

Em 2002, a participação do jogador na Copa do Mundo era incerta, devido a lesões no joelho. Na véspera do Mundial, Ronaldo visitou o Santuário Nacional de Aparecida, onde rezou, acendeu velas e fez uma promessa para Padroeira do Brasil. O atleta foi para a Copa realizada no Japão e na Coreia do Sul e de lá voltou com a equipe pentacampeã mundial de futebol, sendo o artilheiro da competição, com oito gols. De quebra, ainda foi escolhido como o melhor jogador do mundo naquele ano pela Fifa.

Em julho do mesmo ano, o ‘Fenômeno’ voltou ao Santuário e deixou uma peça de cera em formato de seu joelho, uma camisa autografada e a bola da Copa como forma de agradecimento. Recebeu de presente na ocasião uma réplica da imagem da Padroeira. Recentemente, o jogador esteve na Casa da Mãe Aparecida para inauguração do Museu de Cera, onde está retratado em uma das esculturas.

Campeã de atletismo carrega a devoção no sobrenome

Adriana Aparecida, esportista do atletismo, tem uma forte ligação com Nossa Senhora Aparecida e não é apenas pelo nome escolhido por sua mãe para homenagear a Padroeira do Brasil. A proximidade é também geográfica, já que a atleta nasceu e vive com a família na cidade de Cruzeiro (SP), no Vale do Paraíba, que fica a 50km de Aparecida.

Com um começo de carreira de bons resultados, Adriana fraturou o tornozelo esquerdo em 2005 e precisou realizar uma cirurgia. A fase de recuperação não estava apresentando o resultado esperado. Ela ficou dois anos afastada do esporte, sem conseguir treinar e competir, perdeu patrocinadores e enfrentou uma depressão, chegando até a pensar que sua carreira tinha acabado.

A atleta superou esse período apegada em sua devoção a Santo Antonio de Sant´Anna Galvão e a Nossa Senhora Aparecida. Ao retomar a carreira, foi medalhista de ouro nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México, em 2011, e de Toronto, no Canadá, em 2015.

Após essa última conquista, a esportista, que já disputou edições dos Jogos Olímpicos, correu de sua cidade natal até o Santuário de Aparecida. Na Sala das Promessas, ela deixou itens em agradecimento pelas graças alcançadas, um deles o troféu que conquistou na Corrida de São Silvestre de 2004, além de fotos, tênis de competições e uniformes das olímpiadas que participou.

Ainda hoje, sempre que retorna de uma competição importante, ela vai ao Santuário para agradecer à Padroeira do Brasil.

Outras histórias de devotos O atual técnico da seleção brasileira de futebol, Tite, também é um fervoroso devoto de Nossa Senhora Aparecida. Diariamente, ele realiza suas orações pedindo a intercessão de Nossa Senhora, especialmente nos dias de jogos.

Na Sala das Promessas do Santuário Nacional de Aparecida, há outros ex-votos deixados por atletas de diversas modalidades, como uma réplica do capacete e um par de luvas de Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1, morto em 1994. O também piloto Hélio Castroneves, da Fórmula Indy, que já foi campeão das 500 milhas de Indianápolis, trouxe em agradecimento um par de botas que está exposto no local.

(Texto originalmente publicado em outubro de 2017)

(Com informações dos portais G1 e A12)

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