CF 2022: Por uma Educação voltada para a formação integral da pessoa

Luciney Martins /O SÃO PAULO

Como acontece todos os anos, o Cardeal Odilo Pedro Scherer concedeu uma entrevista coletiva para tratar do início da Quaresma e da abertura da Campanha da Fraternidade. Além do Arcebispo de São Paulo, participou do encontro com os jornalistas o Padre Andrés Gustavo Marengo, Coordenador Arquidiocesano da CF 2022. Referindo-se à temática deste ano, Dom Odilo sublinhou que a Educação não deve ser simplesmente voltada para formar “instrumentos de trabalho”, mas para a formação integral da pessoa, com valores que a ajude a melhor edificar a sociedade.

Padre Andrés recordou que a temática deste ano é oportuna no contexto da atual pandemia, no qual foram evidenciados os desafios da Educação não apenas devido às restrições impostas que impediram os estudantes de frequentaras salas de aula, como também à luz lançada sobre a desigualdade já existente no acesso à educação formal.

“A partir do lema ‘Fala com sabedoria, ensina com amor’ (cf. Pr 31,26), a Igreja já indica a reflexão que ela deseja provocar”, salientou o Padre. Concretamente, a Arquidiocese de São Paulo, por meio de suas paróquias, comunidades e organizações pastorais, promoverá as reflexões da campanha com o objetivo de estimular diálogos entre os diferentes entes da sociedade sobre seu papel no campo da Educação.

GUERRA NA UCRÂNIA

Dom Odilo também comentou as tensões vividas em todo o mundo com a ofensiva militar russa na Ucrânia. “A Quaresma nos leva a condenar a guerra, a lutar pela paz e por verdade, justiça. Diz-se que, quando se inicia uma guerra, a primeira vítima é a verdade”, afirmou o Cardeal, acrescentando que os conflitos se resolvem na medida em que se encara a verdade e não pela imposição do poder mediante a violência. “Infelizmente, as guerras são exercícios de violência bruta em que a razão e a sensibilidade humana deixam de existir”, completou.

“As guerras não fazem sentido para quem é cristão. Somos chamados a ser portadores e construtores da paz em toda parte. Por isso, durante toda a Quaresma, irá nos acompanhar a preocupação pela superação dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e para que os governantes façam o possível para preservar a paz entre os povos”, manifestou

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