No dia 19 de setembro, Dom Ângelo Ademir Mezzari, nomeado pelo Papa Francisco como Bispo da sede titular de Florentino e Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, recebeu a ordenação episcopal no Santuário do Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, em Içara, na Diocese de Criciúma (SC).
Ele nasceu naquela diocese, perto de Forquilhinha, e lá vivem ainda sua mãe, irmãos e familiares. O pai, Antônio Mezzari, faleceu em 2010; mas a mãe, Maria Etelvina, acompanhou, emocionada, a ordenação episcopal do filho. Dom Ângelo vem de família simples, muito religiosa e trabalhadora. Desde menino, quis ser padre e recebeu a formação religiosa e sacerdotal nos seminários da Congregação dos Rogacionistas do Sagrado Coração. Como religioso e sacerdote dessa Congregação, serviu a Igreja em Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Bauru (SP), desempenhando também as responsabilidades de formador dos candidatos rogacionistas, Superior Provincial e Superior- -Geral da sua Congregação. Assessorou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em muitas iniciativas vocacionais, como é próprio do carisma de sua Congregação.
Dom Ângelo será acolhido na Arquidiocese de São Paulo e tomará posse do seu cargo de bispo auxiliar no dia 4 de outubro, na Catedral Metropolitana da Sé, na missa das 11h. A partir daí, ele vai se integrar plenamente ao serviço da Igreja em São Paulo, como Vigário-Geral e Episcopal para a Região Ipiranga e assumirá também outros encargos pastorais em âmbito arquidiocesano, assim como fazem os demais bispos auxiliares.
Com o Arcebispo e os outros seis bispos auxiliares, o clero, religiosos e religiosas e as lideranças leigas, a Arquidiocese de São Paulo inteira é chamada a seguir no testemunho do Evangelho do Reino de Deus nesta imensa e amada cidade de São Paulo, conforme o dom que cada um recebeu. De maneira especial, queremos prosseguir nosso caminho sinodal, momentaneamente suspenso por causa da pandemia de COVID-19, mas que será retomado assim que for possível.
Temos pela frente a assembleia sinodal arquidiocesana, para a elaboração das propostas e diretrizes do sínodo para o período pós-sinodal. Atentos àquilo que o Espírito Santo diz à nossa Igreja em São Paulo, prosseguiremos no “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” em nossa Arquidiocese, para sermos, conforme a missão dada por Cristo à Igreja inteira, testemunhas de Deus nesta cidade.
Dom Ângelo traz consigo uma rica experiência de trabalho vocacional, como é próprio do carisma de sua Congregação Rogacionista. Seu lema episcopal, “Rogate ergo” (“Pedi, pois, ao Senhor da messe, que envie operários à sua messe”, Mt 9,38), nos recorda a ordem de Jesus dada aos discípulos para pedir a Deus o envio de trabalhadores na obra do Reino de Deus. A vida e a missão da Igreja chamam em causa o trabalho de muitas pessoas, dispostas a se dedicar com amor à missão e ao trabalho da Igreja. O sínodo arquidiocesano nos recorda que a Igreja é uma comunhão de bens espirituais, que recebemos da mão misericordiosa de Deus. A Igreja, no entanto, também é missão, que requer a participação generosa de todos os seus membros. Na Igreja, todos são chamados a ser “operários da vinha do Senhor” (cf. Mt 20,1).
Seja, pois, bem-vindo a São Paulo, Dom Ângelo, para se integrar, como “operário especializado e qualificado”, neste esforço comum de toda a nossa Igreja. Somos gratos ao Papa Francisco que o escolheu e enviou! Agradecemos à sua Congregação, que o preparou para esse novo e grande serviço ao povo de Deus. Pedimos que Deus recompense a sua família, que o entregou à Igreja, ainda em tenra idade, e o acompanhou em todo o seu caminho religioso. Muito gratos somos a você, por ter aceitado servir esta amada Igreja em São Paulo conosco e os demais bispos auxiliares e o clero, dedicado às muitas missões desta Arquidiocese. Bem-vindo, Dom Ângelo!