Missão, evangelização e sinodalidade são elementos presentes na revisão do Estatuto da CNBB

Reprodução CNBB

Na manhã dessa terça-feira, segundo dia da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos dedicaram uma hora da pauta para dialogar sobre o “Novo Estatuto da CNBB”. Um processo de revisão do Estatuto e Regimento da CNBB de 2002, iniciado em 2017.

O processo é conduzido por uma Comissão de Redação, formada pelo arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva; pelo bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José Aparecido Gonçalves de Almeida; e pelos padres Ewerton Fernandes Moraes, Tarcísio Pedro Vieira, Alberto Montealegre e Valdir Manoel dos Santos.

Durante a sessão desta manhã, dom Moacir Silva conduziu o assunto retomando o caminho de revisão estatutária percorrido até o momento. Ele afirmou que, desde 2018, a Comissão de Redação está trabalhando sobre o texto, a partir do que foi pedido pela Santa Sé.  

Dom Moacir Silva

O texto elaborado foi enviado a todo o episcopado brasileiro dias antes do início da 59ª Assembleia Geral e, para dinamizar a discussão, foram designados dois bispos de cada macrorregião do Brasil para partilhar e fazer os apontamentos sobre o texto. 

Foi unânime entre os bispos que partilharam, a gratidão pelo trabalho já realizado e a confirmação de que o preâmbulo do documento expressa a identidade e missão da Conferência: missionária, evangelizadora e sinodal. 

Os bispos sugeriram revisões quanto alguns artigos, especialmente quanto à questão dos bispos eméritos, do vínculo que a Conferência possui com alguns Organismos, da regulamentação dos regionais, do acordo Brasil-Santa Sé, da estrutura da presidência e de algumas questões de padronização de termos. 

“Constatamos que a proposta dessa redação do Estatuto tem uma continuidade e também traz algumas novidades importantes. O estatuto está com um espírito sinodal de comunhão e participação”, destacou o bispo da diocese de Coroatá (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom Sebastião Bandeira Coelho.

Dom Sebastião Bandeira Coelho, presidente do Regional Nordeste 5

Outra realidade analisada foi a da cultura digital, que tem influenciado a sociedade e a Igreja. A Comissão refletiu que este também é um lugar antropológico, social e religioso, ou seja, um lugar de se cultivar a fé. 

“Temos a necessidade de continuar aprofundando os temas essenciais para a vida humana, tais como, a relação com Deus, o valor da pessoa e da vida humanas, a liberdade, o sofrimento, etc., à luz das diversas disciplinas teológicas para dar respostas pastorais ao nosso tempo a partir da fé. Urge recuperar o humanismo cristão baseado numa fé sólida, para responder aos desafios da atual situação”, afirmou dom Cipollini, em sua conclusão.  

A sessão da manhã foi encerrada pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor de Oliveira Azevedo, que expressou gratidão aos bispos que, em suas intervenções, o parabenizaram pelo seu aniversário natalício. 

Imprensa CNBB com colaboração de Karina de Carvalho – CNBB Sul 2

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