Bolas desenhadas por jovens refugiados geram solidariedade pelos trabalhos do ACNUR

Jogadores do Santos FC, atletas olímpicos, autoridades públicas e instituições de apoio aos refugiados promovem ações de acolhimento e integração de pessoas refugiadas em suas redes sociais

Foto: Ivan Storti/Santos FC

O crescente número de deslocamento forçado de pessoas em todo mundo, em especial de mulheres e crianças, tem despertado a atenção e gerado comoção pública sobre os impactos de quem busca proteção internacional e a garantia de seus direitos em países de acolhida. 

Como forma de destacar a importância de se criar ambientes seguros e solidários para a acolhida de crianças refugiadas, tendo como diretriz de ação as iniciativas esportivas, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em parceria com a fundação Alive and Kicking, criou o projeto “Juntos pelo Esporte”, uma iniciativa global que teve grande destaque no Brasil. 

“As crianças representam cerca de metade das pessoas refugiadas em todo o mundo e a conciliação de arte com o esporte tem uma relevância de grande destaque para facilitar o processo de inclusão e integração destas crianças nas comunidades de acolhida”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil. 

Dentre os apoiadores do projeto, o Santos FC, time parceiro do ACNUR, envolveu os jogadores da equipe em fotos com as chamadas “Bolas dos  Sonhos (Dream Balls)”, desenhadas por crianças e jovens refugiadas que participaram do projeto. As fotos dos jogadores dos Santos foram postadas no Instagram do time e do ACNUR, amplificando as mensagens de solidariedade aos refugiados.  

Além de esportistas, como os jogadores do Santos e o arremessador de peso Darlan Romani (campeão mundial indoor 2022 e 4º colocado nas Olimpíadas de Tóquio 2020), autoridades públicas e instituições parceiras também apoiaram o projeto “Juntos pelo Esporte”, trazendo mensagens de inclusão e de combate à discriminação. Abram Szajman, Presidente dos Conselhos Regionais do Serviço Social do Comércio (SESC); Claudia Carletto, Secretária de Direitos Humanos da cidade de São Paulo; Marta Suplicy, Secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo; e Alessandra Almeida, Diretora-executiva do Museu da Imigração contribuíram com a iniciativa. 

As bolas do projeto também foram distribuídas pelo ACNUR aos seus parceiros que trabalham com a acolhida e abrigamento de pessoas refugiadas. Utilizadas em projetos sociais e esportivos, a maioria das “Bolas dos Sonhos” já circulam pelos centros de acolhida que recebem crianças refugiadas de diferentes nacionalidades, cobrindo as diversas regiões do país e impulsionando práticas que promovem a convivência pacífica entre os jovens. 

O Projeto “Juntos pelo Esporte” 

O concurso de arte “Juventude #ComOsRefugiados”, parte do projeto “Juntos pelo Esporte”, foi lançado em 2021 e reuniu mais de 1.600 jovens artistas de 100 países. A proposta do concurso foi de envolver crianças e jovens para que desenhassem “Bolas dos Sonhos”, representando suas aspirações.  

Dentre os participantes, cinco desenhos foram selecionados e passaram a estampar as bolas. Uma das artes finalistas foi feito por Skarly, uma jovem venezuelana de 12 anos que vive em Minas Gerais com sua família. “Meu desenho representa a união necessária no esporte. Quando eu estava desenhando, eu sentia como se eu estivesse exercitando minha mente”, disse a jovem venezuelana. 

As bolas de futebol foram confeccionadas em parceria com a Alive and Kicking, uma empresa de manufatura ética sem fins lucrativos, e estão sendo vendidas ao público por meio de uma plataforma online. Para cada bola vendida, 15 euros são doados aos programas do ACNUR que facilitam o acesso de pessoas refugiadas a instalações e equipamentos esportivos.  

Ao reconhecer a importância de atividades que inspiram valores positivos a partir da convivência e espírito de coletividade, o escritório do ACNUR do Brasil comprou 500 Bolas dos Sonhos que foram distribuídas entre abrigos, centros de acolhida, outras organizações parceiras, instituições de apoio e personalidades apoiadoras da causa dos refugiados. 

Fonte: ACNUR – Agência da ONU para Refugiados

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