O Bispo de San Marino, Dom Andrea Turazzi, também expressou forte oposição
San Marino, um pequeno país localizado próximo do centro da Itália, a leste de Florença, votou pela descriminalização do aborto em certos casos, apesar dos protestos dos líderes da Igreja.
No referendo de domingo, 26, os cidadãos favoráveis à medida somaram 77%, um patamar surpreendente.
HISTÓRICO
Anteriormente, o aborto era um crime punível com três anos de prisão para a mulher que o praticasse e seis anos para o médico que realizasse o procedimento, embora esses casos raramente fossem processados, uma vez que as mulheres costumavam cruzar a fronteira com a Itália para fazer o procedimento.
San Marino, que, como a Itália, tem uma forte presença católica, foi um dos poucos países restantes na Europa a proibir o aborto, incluindo Malta, Andorra e o Vaticano.
PRÓS E CONTRAS
Apoiadores do referendo argumentaram que a criminalização do aborto representa um fardo financeiro excessivo para as mulheres que viajam para a Itália para realizá-lo e é um fardo extra para as que foram estupradas.
Os oponentes, no entanto, argumentaram que menores em San Marino podem legalmente obter anticoncepcionais nas farmácias, incluindo a chamada “pílula do dia seguinte”, tornando a pressão por abortos mais tardios amplamente irrelevante.
IGREJA
O Bispo de San Marino, Dom Andrea Turazzi, também expressou forte oposição ao referendo, dizendo em uma declaração antes da votação que “somos a favor da acolhida da vida”.
“Não queremos deixar pedra sobre pedra para encontrar alternativas”, disse ele, insistindo que é responsabilidade da sociedade garantir que nenhuma nova vida enfrente a insegurança, a desconfiança, a solidão, a falta de cuidado ou a falta de proteção por razões econômicas.
Fonte: Crux Now