República Democrática do Congo recebe ajuda do Vaticano para levar água a hospitais

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“Aqui, quando você está hospitalizado, muitas vezes tem que trazer água consigo. Não há o suficiente para todos”.

Esta é a situação em Kisantu, uma cidade a cerca de 100 quilômetros ao sul de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.

No Hospital São Lucas, com 300 leitos, o acesso à água é tão escasso que a administração decidiu limitar seu uso às necessidades mais essenciais, como limpar [as instalações principais] ou lavar as mãos antes de uma cirurgia.

Por iniciativa do Vaticano, o Hospital São Lucas é uma das 150 unidades de saúde que passaram por uma avaliação especializada nos últimos meses. O programa se chama “WASH” e está sendo executado em 23 países em desenvolvimento. O objetivo é identificar todos os problemas que os centros de saúde administrados por católicos enfrentam no acesso à água.

COMPROMISSO DE LONGA DATA

Na verdade, o programa “WASH” faz parte dos esforços de longa data da Santa Sé para lembrar os líderes mundiais da necessidade vital de garantir o acesso das pessoas à água. Exemplo disso foi a participação de uma delegação papal no Fórum Mundial da Água, em Kioto, no Japão, em 2003.

“O acesso à água potável e ao saneamento são direitos humanos fundamentais e são pilares da defesa da dignidade humana e da luta contra a pobreza”, explica Tebaldo Vinciguerra, responsável pelo projeto “WASH”.

O trabalho nos hospitais começou há menos de um ano por meio do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, cujo prefeito, o Cardeal Peter Turkson, escreveu a todos os bispos do mundo, pedindo- -lhes que relatassem ao Vaticano todos os estabelecimentos de saúde com dificuldades de acesso à água.

À PROCURA DE FINANCIADORES

“Existem deficiências que podem ser facilmente corrigidas, como consertar uma torneira ou estabelecer hábitos como fazer com que os profissionais de saúde lavem as mãos regularmente”, continua Vinciguerra.

Outros, porém, exigem mais tempo e recursos, como a perfuração de um poço ou a construção de uma caixa-d’água, por exemplo, em países sujeitos a secas severas ou em hospitais que bombeiam água de um rio que pode ficar lamacento durante as enchentes”, destaca.

Há várias necessidades mais dispendiosas e o Vaticano está em busca de financiamento para ajudar a todas as instituições.

Fonte: EarthBeat

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