Cardeal Scherer aos diáconos: ‘Vocês são os ministros da caridade’

Arcebispo Metropolitano presidiu missa na quinta-feira, 10, na memória litúrgica de São Lourenço, padroeiro dos diáconos

Fotos: Filipe Castelhano

Com atuações em diferentes paróquias, comunidades e pastorais da Arquidiocese de São Paulo, os diáconos permanentes estiveram reunidos na noite da quinta-feira, 10, na Paróquia Santa Rita de Cássia, no bairro do Pari, Região Belém, para celebrar seu padroeiro, São Lourenço, diácono e mártir.

A Eucaristia foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. No começo da homilia, ele agradeceu os diáconos pelos trabalhos que realizam em favor dos mais frágeis da sociedade: doentes, pobres, idosos e pessoas angustiadas, um agir caritativo próprio da missão que a Igreja a eles confia.

“Vocês são os ministros da caridade, como disse o Papa Francisco. Fico muito feliz em saber que muitos de vocês estão empenhados diretamente no serviço, organização e animação da caridade em nossa Arquidiocese”, comentou o Arcebispo, recordando especialmente a atuação dos diáconos durante a pandemia de COVID-19.

“Muitos de vocês, durante a pandemia, estiveram na linha de frente no serviço aos mais necessitados e no serviço à consolação de todos aqueles que de muitas maneiras viviam na angústia, na aflição, temendo pela própria vida”, enfatizou.

A EXEMPLO DE SÃO LOURENÇO

Dom Odilo recordou que São Lourenço, o padroeiro dos diáconos, tinha responsabilidades na administração dos bens da Diocese de Roma, sendo o encarregado do Papa para as ações de caridade. No ano de 258, ao ser obrigado pelo império a apresentar os “tesouros da Igreja”, mostrou o grande bem da Igreja: os pobres. Ele acabou sendo condenado à morte e assassinado.

“Hoje, recordando São Lourenço, nós queremos também reavivar esta nossa disponibilidade de servir ao próximo, servir aos pobres, de maneira toda especial”, destacou.

O Arcebispo mencionou ainda que na Igreja primitiva os apóstolos instituíram os diáconos – homens cheios do Espírito Santo e de sabedoria – para que pudessem realizar a caridade em favor dos mais pobres em Jerusalém.  “Eles foram instituídos como servidores dos pobres”, recordou, apontando que o agir em favor dos pobres não se limita a dar-lhes de comer, mas também auxiliá-los para que tenham sua dignidade e direito respeitados.

AS FUNÇÕES DO DIÁCONO
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (n. 1570) entre as atribuições confiadas aos diáconos estão a de “assistir o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia; distribuí-la; assistir o Matrimônio e abençoá-lo; proclamar o Evangelho e pregar; presidir funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade”.
O CAMINHO FORMATIVO DOS DIÁCONOS PERMANENTES NA ARQUIDIOCESE
– Acompanhamento inicial feito pela Pastoral Vocacional;
– Ingresso na Escola Diaconal São José. Para tal, é preciso ter cinco anos de vida matrimonial, ao menos 35 anos de idade, e, no máximo, 65 anos.
– Tempo de estudo:
* Cinco anos de estudo na escola diaconal;
* Curso completo de Teologia na PUC-SP;
* Três anos de curso na escola diaconal, após já ter concluído a graduação em Teologia;
* O sexto ano é o de vivência em diferentes pastorais e grupos que realizam obras de misericórdia na Arquidiocese.
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