Após um processo de discernimento vocacional, anos de estudo e vivências pastorais, quatro diáconos seminaristas e um diácono permanente receberão a ordenação sacerdotal no sábado, 9 de dezembro, às 15h, na Catedral da Sé, pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. A seguir, conheça mais sobre eles:
ALYSSON ANTUNES CARVALHO
‘Eterno é seu amor’ (Sl 136,1)
Após participar de um processo de catequese na Paróquia Santa Bernadette, na Região Belém, o jovem Alysson, 27, se sentiu motivado a saber mais sobre a fé católica, um desejo que se tornou ainda maior quando participou de um encontro vocacional arquidiocesano.
Ele ingressou no Seminário Propedêutico em 2015, e assegura que as diversas realidades do processo formativo – convivência no seminário, estudos e atividades pastorais – ajudaram na confirmação da vocação e na plena confiança no amor infinito de Deus, como está expresso em seu lema sacerdotal.
“Se não fosse o amor de Deus para comigo, eu não teria vindo à existência, Ele não teria realizado maravilhas em mim, uma delas a minha conversão. A cada dia, Ele tem confirmado o chamado e manifestado sua presença amorosa”, diz o futuro sacerdote, assegurando estar de coração aberto para as missões que a Igreja lhe confiar. “Estou muito motivado a fazer as pessoas terem a experiência de encontro com Cristo. Quero utilizar dos dons que Ele me deu para evangelizá-las e levá-las a experimentar a grandeza de Seu amor”.
MIGUEL LISBOA AGUIAR MARCONDES
‘Não eu, mas Cristo em mim’ (Gl 2,20)
O lema sacerdotal escolhido por Miguel, 26, remete ao encontro de Paulo com Jesus no caminho de Damasco. “Se não houver uma morte do nosso ‘eu’, não haverá a verdadeira adesão a Ele, de modo que nossa vontade, ou seja, o nosso ego, não estará totalmente entregue e curvado a Jesus. Por isso, para hoje poder dizer que Cristo vive em mim, precisei dizer muitas vezes ‘não’ pra mim mesmo”, afirma.
Miguel ingressou no Seminário Propedêutico em 2015, meses após ter sido aprovado no vestibular para cursar Medicina na USP. Ele foi coroinha, catequista e participou do ministério de música de sua Paróquia de origem, a Santo Antônio de Pádua, na Região Lapa, e foram essas vivências e o testemunho de seu pároco à época que o fizeram abrir-se ao chamado vocacional.
Miguel afirma que o acompanhamento da Igreja e as aprovações nos estudos de Filosofia e Teologia, bem como a ordenação diaconal em 2022, deram-lhe a certeza de estar no caminho certo.
“A vocação ao sacerdócio é um dom que Deus concede à Igreja e ao mundo, uma via para santificar-se e santificar os outros, que não se percorre de maneira individualista, mas sempre havendo como referência uma porção concreta do povo de Deus. Sendo assim, a Igreja em São Paulo não pode esperar outra coisa de mim que não seja estar unido ao Arcebispo e à sua disposição para servir onde esta mesma Igreja sentir necessidade; pode esperar de mim, também, consonância com os pilares propostos à vida desta Igreja a partir do sínodo arquidiocesano, a saber: o anúncio, a santificação e o testemunho, e fazer deste plano de ação evangelizadora e pastoral o meu projeto de vida”, assegura.
RÔMULO FREIRE BARROSO
‘Ministro de uma aliança Espírito, que comunica a vida’ (2 Cor 3,6)
Em sua juventude, quando participou de uma comunidade missionária, Romulo já sentia o chamado ao sacerdócio, mas foi apenas anos mais tarde, após uma missa na Paróquia Santa Cruz, na Região Belém, que sentiu este ressoar mais forte quando Dom Edmar Peron, então Bispo Auxiliar da Arquidiocese, lhe disse: “Quem sabe eu vá discernir a sua vocação”.
Romulo, hoje com 46 anos, ingressou no Seminário Propedêutico em 2014 e passado os períodos formativos do Discipulado (Filosofia) e da Configuração (Teologia), recebeu a ordenação diaconal em dezembro de 2022.
Ele lembra que ao longo do processo de formação cresceu a certeza sobre a vocação, seja pelo que ouvia das pessoas, seja como escuta Deus falar consigo e, também, por viver com alegria cada momento, mesmo as dificuldades.
Ao comentar sobre o lema sacerdotal que escolheu, Romulo diz: “Vejo nessa Palavra que a aliança, como instrumento a oração, gera uma unidade com Deus pelo Espírito Santo e com a Igreja como ministro ordenado no grau de presbítero”.
E o que a Igreja pode esperar deste futuro padre? “O empenho em servir e doar-se, tendo o amor, a comunhão e a alegria como pressupostos, procurando dar o melhor, para que um maior número de pessoas possam fazer a sua adesão a Deus”, afirma.
YAGO BARBOSA FERREIRA
‘Sob tua proteção, Maria’
“Um padre disponível para amar a Igreja e servi-la com muito ardor. Alguém realmente disposto a viver seu ministério de esperança em esperança, em comunhão com o Papa, com os bispos e desejoso de ser sinal de que Deus habita esta cidade imensa”.
É assim que Yago, 27, deseja exercer o ministério sacerdotal, uma vocação que anseia desde a infância e que foi discernida com a ajuda da família, de sacerdotes e de sua comunidade paroquial de origem, a Nossa Senhora das Graças, da Diocese de Santo Amaro.
Ele ingressou no Seminário Arquidiocesano em 2015. Nestes nove anos de formação, incluindo o último já como diácono seminarista, Yago conta que três sinais foram confirmações da vocação: a alegria de caminhar com o povo de Deus; a acolhida e cultivo da Igreja a cada passo que ele dava na formação; e a crescente proximidade com Deus por meio da oração.
Sobre o lema sacerdotal, Yago afirma que a escolha vem de sua “profunda devoção à Virgem Mãe de Deus e da certeza de que ela sempre esteve ao meu lado, cuidando da minha vida e da minha vocação”.
OTONIEL PROFIRO DE MORAIS
‘O Poderoso fez em mim maravilhas’ (Lc 1,49)
Quando recebeu a ordenação diaconal em dezembro de 2005, na primeira turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Paulo, Otoniel realizou o sonho que tinha desde a infância de ser um ministro ordenado da Igreja.
Por 36 anos, o Diácono foi casado com Ana Maria Garrido, com quem teve uma filha. Em 2019, a esposa faleceu. Ele prosseguiu no serviço diaconal e viu crescer em seu interior o desejo de ser padre.
Diácono Otoniel, 60, cuja Paróquia de origem é a Santo Antônio, na Região Brasilândia, e que atualmente exerce seu ministério na Paróquia Santo Antônio, na mesma Região, obteve autorização para realizar uma formação complementar no Seminário de Teologia Bom Pastor com vistas à ordenação sacerdotal. Assim, estudou conteúdos específicos como os sacramentos da Eucaristia, Penitência e Unção dos Enfermos.
“A decisão de me tornar presbítero foi acolhida pela minha família da mais bela forma possível, com muita alegria e felicidade, de modo especial pela minha filha e meu genro que sempre me apoiaram”, comenta.
Ao falar sobre seu lema sacerdotal, Otoniel assegura: “Vejo o Deus de misericórdia agindo em minha vida. De fato, o Senhor faz maravilhas a nosso favor”. Por fim, diz que pretende ser “um padre simples e humilde, mas na força do Espírito Santo anunciar a Palavra de Deus e servir com amor a todo o povo de Deus”.
PARABÉNS A ESTES NOVOS DIACONOS FUTUROS PRESBITEROS PORQUE A MESSE É GRANDE E OS TABALHADORES POUCOS,
Sou testemunha de que o Diácono Otoniel, desde o início da formação para o diaconato permanente já demonstrava – naturalmente e a todo tempo – as qualidades que lhe são peculiares: disponibilidade, humildade, afabilidade, prontidão para o serviço, zelo e responsabilidade.
Ganha o Povo de Deus, e ganha a Igreja em São Paulo, um presbítero verdadeiramente vocacionado.
Estimado diácono (brevemente Padre) Otoniel , que Deus o abençoe, o proteja, o ilumine e o conserve na sua graça.
Abraço.
Diácono Mario Braggio