Igrejas em São Paulo podem acolher até 60% da capacidade de fiéis nas celebrações

Medida aprovada pela Prefeitura de São Paulo reitera a obrigatoriedade do cumprimento dos protocolos preventivos durante as liturgias e atividades

Desde o avanço para “fase verde” do Plano São Paulo de contingência da COVID-19, no último dia 9, a capacidade de público nas igrejas da capital paulista passou de 40% para 60%.

Um comunicado da Secretaria Municipal da Casa Civil à Câmara Municipal confirma que “ficam autorizados a funcionar, sem limitação de horário e com limitação de 60% da capacidade, todos os setores econômicos cujo funcionamento seja permitido na Fase 4 – Verde do Plano São Paulo”. Nesses setores, incluem-se as igrejas e locais de culto.

O mesmo comunicado reitera, ainda, que continuam mantidos os demais critérios e protocolos definidos pelo Termo de Cooperação para o funcionamento de igrejas, templos religiosos e afins, firmado em 28 de abril entre a Prefeitura de São Paulo e um grupo de vereadores da capital que representam as entidades religiosas.

RETOMADA GRADUAL

A retomada gradual das atividades religiosas, pastorais e administrativas da Arquidiocese de São Paulo com a presença de público começou no dia 24 de junho.

Para isso, foi criada uma comissão integrada pelos representantes das dioceses que abrangem a área do Município de São Paulo – Arquidiocese de São Paulo, dioceses de Santo Amaro, Campo Limpo, São Miguel Paulista e Osasco – e as circunscrições eclesiásticas católicas de rito oriental com sede na cidade – Eparquia Maronita do Brasil, Eparquia Católica Greco-Melquita Nossa Senhora do Paraíso e Exarcado Apostólico Armênio para a América Latina. Essa comissão elaborou uma proposta de protocolo para a retomada das atividades, que foi aprovado pela Prefeitura.

Na ocasião, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, ressaltou a necessidade de prudência e cuidado, uma vez que ainda não se alcançou a estabilização da pandemia.

Dom Odilo reforçou que sejam levados em conta todas as recomendações preventivas das autoridades sanitárias, como o respeito ao distanciamento entre as pessoas, o uso de máscaras, a higienização das mãos e dos locais de culto, entre outras. Para isso, indicou as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicadas em maio.

PRUDÊNCIA E CUIDADO

O Cardeal também recomendou que idosos e pessoas consideradas do grupo de risco para desenvolverem complicações graves da COVID-19 permaneçam em casa, acompanhando as liturgias pelos meios de comunicação.

As mesmas recomendações e cuidados se aplicam para os demais sacramentos, como confissões, batizados, casamentos, crismas e unção dos enfermos.

Durante o anúncio da retomada das atividades, o Arcebispo de São Paulo reiterou que em nenhum momento houve proibições de celebrações ou atividades pastorais, mas, sim, a recomendação para fossem evitadas aglomerações que aumentem o risco de contágio.

“Tudo é possível dentro das limitações e da prudência que este tempo nos impõe”, afirmou Dom Odilo, sublinhando que a Arquidiocese continuará acompanhando as orientações das autoridades públicas sanitárias, consciente da responsabilidade com a proteção da saúde não apenas de seus ministros e colaboradores, como também de todo o povo.

Os documentos eclesiásticos e civis referentes à retomada das atividades religiosas estão disponíveis no Portal da Arquidiocese de São Paulo.

LEIA TAMBÉM:

Prudência e responsabilidade devem marcar as missas presenciais durante a pandemia

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários