Greve por 24 horas afeta transportes na região metropolitana de São Paulo e atendimento nos serviços públicos

Desde as 0h da terça-feira, 3, uma greve unificada dos sindicatos dos Metroviários, dos Ferroviários e dos funcionários da Sabesp afeta os transportes metropolitanos e a prestação de serviços à população na região metropolitana de São Paulo.
Após o anúncio da greve, na noite da segunda-feira, 2, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nos órgãos públicos na terça-feira, 3.
Além disso, as aulas da rede estadual, consultas médicas e o rodízio de veículos na capital paulista estão suspensos. Já as aulas das escolas e creches municipais estão mantidas.
MOTIVAÇÃO
A greve, com duração prevista para 24 horas, ocorre em protesto aos planos de concessões, terceirizações e privatizações destas três empresas estaduais.
“Dia 3/10 São Paulo vai parar contra as privatizações; contra os editais de pregões das terceirizações nas linhas de bloqueios e da manutenção de trens no POT [Pátio Operatório] e pela exigência de que o governo Tarcísio de Freitas consulte a população em plebiscito oficial sobre as privatizações dos serviços públicos no Estado”, informam os sindicatos em nota conjunta.
“No mesmo dia 3/10, às 18h, realizaremos nova assembleia da categoria, pois se não cancelar os editais de pregões das terceirizações no Metrô debateremos a continuidade de nossa luta para impedir essa manobra do governo que visa precarizar nossos serviços para entregar o Metrô para a privatização”, prossegue o texto.
EM FUNCIONAMENTO
As linhas concedidas do metrô e trens estão funcionando normalmente: Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Além disso, a Justiça determinou a manutenção do transporte sobre trilhos em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até meio milhão de reais aos sindicatos.
‘ILEGAL E ABUSIVA’
Em nota à imprensa, o Governo do Estado de São Paulo classificou a greve como “ilegal e abusiva”, e observou que esta não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, “mas, sim, para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.
ATUALIZAÇÕES
Fontes: G1, governo do Estado de São Paulo e Sindicato dos Metroviários