Prefeitura de São Paulo inaugura Centro Oncológico Bruno Covas

Obra foi idealizada pelo então prefeito da capital paulista, que morreu há exato um ano, em decorrência de um câncer

Fotos: comunicação Prefeitura de São Paulo

O Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na Vila Santa Catarina, na região sudeste, foi inaugurado na segunda-feira, 16.

Entre os participantes da cerimônia de inauguração estiveram o prefeito Ricardo Nunes e o governador Rodrigo Garcia. A bênção das instalações foi feita por Dom José Negri, bispo da Diocese de Santo Amaro.

O tratamento de alta complexidade, com implemento de robótica na esfera municipal, é inédita do Sistema Único de Saúde (SUS). A especialidade é tratada comumente na rede estadual.

O local também vai funcionar como centro educativo, com uma sala para disseminação de conhecimento, e conta ainda com tecnologia robótica avançada para cirurgias. “O robô que auxiliará nas cirurgias é o primeiro desse tipo em hospital público brasileiro”, disse o prefeito Ricardo Nunes.

“Estamos equipando o hospital Santa Catarina para ser referência em alta complexidade na rede municipal de São Paulo, e não somente para oncologia. Essa entrega é um salto de qualidade da assistência em saúde aos paulistanos”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

1 ANO SEM BRUNO COVAS

Há exato um ano, em 16 de maio de 2021, Bruno Covas falecia, vitimado por um câncer no sistema digestivo. Ele começou as tratativas para garantir o atendimento universal para a doença, via SUS, no município. Na época de seu tratamento, sentiu a necessidade de implementar o atendimento com a gestão da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

“Estamos celebrando a passagem de um ano do Bruno do jeito que ele mais  gostaria: trabalhando pelo próximo”, pontuou o governador Rodrigo Garcia.

Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein, exaltou a importância da parceria de mais de 20 anos com a Secretaria da Saúde do município. “Nós nos orgulhamos desse trabalho conjunto com foco na responsabilidade social”, disse durante a cerimônia.

Tomás Covas, filho de Bruno Covas, participou do evento por videoconferência. “Não tenho dúvida de que meu pai está muito orgulhoso hoje. Ele sempre buscou diminuir a desigualdade social. Esse centro será muito importante para quem não tem condições de pagar um plano de saúde”, destacou.

Dom José Negri abençoa as instalações

ATENDIMENTOS

Com capacidade ambulatorial para atender 10 mil pacientes por mês, a unidade é gerenciada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que já é responsável pela gestão do hospital.

A estrutura física do centro oncológico, que é um dos legados pós-pandemia no município, é composta por 115 leitos de internação clínica e cirurgia oncológica, 40 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de 23 consultórios.

A capacidade de atendimento inclui a realização de mais de 8 mil exames radiológicos e 450 cirurgias mensais. Entre outros benefícios da nova estrutura para tratamento de câncer, destacam-se a farmácia oncológica de alto custo dentro da unidade, gerida pela SMS.

Para oferecer o melhor serviço de medicina diagnóstica, o centro dispõe de dois equipamentos de tomografia, um de ressonância magnética, sete salas de intervenção por ultrassom, uma sala de histeroscopia, uma de cistoscopia, duas salas para endoscopia, colonoscopia e broncoscopia, entre outros espaços e equipamentos para exames.

A unidade para tratamento de alta complexidade teve investimento total de R$ 71 milhões – na soma dos valores empenhados e a empenhar pela prefeitura, pelo estado e pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

A Prefeitura investiu R$ 22 milhões – 7 milhões do Ambulatório e 15 milhões para o Centro Diagnóstico. Já o Einstein destinou R$ 19 milhões, incluindo o montante relativo a um moderno robô cirúrgico, de R$ 7 milhões, e a reforma do Centro Cirúrgico, de R$ 12 milhões de reais.

Os agendamentos serão organizados pelo complexo regulador via plataforma Siga/SMS, por meio das unidades de saúde e dos hospitais municipais. A Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) tem a finalidade de regular a oferta assistencial disponível de acordo com as necessidades da população que utiliza o sistema público de saúde.

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo

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