Vigília Universitária é realizada na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate

Camila de Oliveira

Com a participação dos membros da Comunidade Famílias Novas, Movimento do Focolares, Comunidade Shalom, Grupo de Jovens Santa Semente da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate e o Grupo São José de Anchieta da USP foi realizada na noite da sexta-feira, 1o de dezembro, na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, no Largo dos Pinheiros, a Vigília Universitária, promovida pelo Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade da Arquidiocese de São Paulo.

A atividade teve início às 20h, com missa presidida por Dom Carlos Lema Garcia, Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade. Na sequência, houve a adoração ao Santíssimo, até às 23h15, em meio a momentos de música, silêncio e orações. Além disso, os Padres Vandro Pisaneschi e Benedito Medeiros da Silva estiveram disponíveis para atender Confissões durante o evento.

Na homilia, Dom Carlos Lema refletiu sobre dois temas que são caros aos estudantes universitários: A busca da verdade e o uso das novas tecnologias.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese ressaltou que é missão da universidade buscar sempre a verdade, mas que tem se apresentado no ambiente acadêmico determinados paradigmas científicos que falam sobre o fim das certezas universais, “contribuindo para que se instale, em nossa sociedade, aquilo que o Cardeal Ratzinger designou por ‘ditadura do relativismo’”, e perante o qual ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, muitas vezes é classificado como fundamentalismo.

“Em atenção à tolerância e à diversidade, é tachado de dogmático quem propõe verdades universais, não se conformando com regras determinadas pela maioria em cada momento”, alertou o Bispo, lamentando que há quem se sinta ofendido ao ouvir a verdade ou que o medo de com ela se deparar tenha impedido que as pessoas falem abertamente sobre o que acontece nas diferentes realidades. “Assim, na prática, perguntar sobre a verdade dos fatos, inquirir sobre as causas de certos comportamentos humanos, realizar uma pesquisa isenta e objetiva, que é um dos fins principais da universidade, torna-se uma atitude incompreensível, que entra em choque com a mentalidade reinante de relativismo”, comentou.

Dom Carlos Lema também falou sobre a urgência de santificar o mundo digital, dado que todas as pessoas de algum modo estão neste ambiente, seja para trabalho, estudo, diálogo ou entretenimento. “Sabemos que as pessoas excessivamente conectadas têm dificuldade para se concentrar e se recolher, para meditar e ponderar sobre suas vidas. Isso prejudica a vivência da união com Deus, uma vez que a velocidade e a interação com o mundo digital impedem muitos de nós de refletir e pensar por conta própria, porque nos acostumamos a responder imediata e instintivamente aos e-mails, às mensagens, às informações dos aplicativos”, analisou, destacando que as novas tecnologias são um excelente instrumento de comunicação, “mas como toda realidade deste mundo é preciso aprender a usá-las de modo virtuoso, ou seja, exercitando as virtudes humanas e as atitudes cristãs: amizade, liberdade, estudo, prudência, temperança, diálogo, contemplação, educação, evangelização etc”.

Camila de Oliveira

Por fim, o Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade exortou os participantes da Vigília a agradecer pelas graças alcançadas neste ano; a rezar pelo Papa, pela Igreja, pela paz, pelas pessoas que sofrem por problemas de saúde e pelos mais vulneráveis; e que todos bem se preparem para a chegada de Jesus no Natal.

(Com informações do Vicariato Episcopal para a Educação e Universidade)

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