Papa: ao longo da via sacra diária, aproximemo-nos dos irmãos necessitados

Afirmou Francisco antes da recita da oração mariana do Angelus, no Domingo de Ramos, dia 28

Papa Francisco durante o Angelus no Domingo de Ramos, dia 28 (foto: Vatican Media)

Ao término da Eucaristia presidida pelo Papa na Basílica de São Pedro antes da bênção final da Missa do Domingo de Ramos, dia 28, em que se celebrou a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, Francisco conduziu o Angelus.

Na alocução que precedeu a oração mariana, o Papa lembrou que pelo segundo ano consecutivo se viverá a Semana Santa em meio à pandemia. “No ano passado estávamos mais chocados, este ano estamos mais provados. E a crise econômica se tornou grave”, frisou.

Deus toma a cruz, Jesus toma a cruz

“Nesta situação histórica e social, o que Deus faz? Toma a cruz. Jesus toma sua cruz, ou seja, assume o peso do mal que tal realidade implica, o mal físico, psicológico e, sobretudo, espiritual, porque o Maligno se aproveita das crises para semear desconfiança, desespero e discórdia”, continuou o Pontífice.

“E nós? O que devemos fazer? A Virgem Maria, a Mãe de Jesus que é também sua primeira discípula, nos mostra. Ela seguiu seu Filho. Tomou sobre si sua própria parcela de sofrimento, de escuridão, de abatimento, e percorreu o caminho da paixão, mantendo a lâmpada da fé acesa em seu coração. Com a graça de Deus, também nós podemos fazer este caminho”, exortou o Papa, acrescentando:

“Ao longo da via-sacra diária, encontramos os rostos de tantos irmãos e irmãs em dificuldade: não passemos adiante, deixemos que o coração seja movido à compaixão e nos aproximemos. No momento, como o Cirineu, poderemos pensar: “Por que logo eu?” Mas depois, descobriremos o presente que, sem nosso mérito, nos foi dado. Que Nossa Senhora, que sempre nos precede no caminho da fé, nos ajude.”

Oração por vítimas de atentados na Indonésia

Um atentado suicida contra a Catedral do Sagrado Coração de Jesus em Makassar, na província oriental de Sulawalesi do Sul, na Indonésia, deixou ao menos 14 pessoas feridas, no domingo, 28, fato recordado pelo Papa durante o Angelus.

“Rezemos por todas as vítimas da violência, em particular as do atentado ocorrido esta manhã na Indonésia, em frente à Catedral de Makassar”, afirmou.

A explosão teria ocorrido às 9h26, hora local, quando uma moto se aproximou da entrada lateral do prédio no final da missa do Domingo de Ramos. “Aconteceu no final da missa, quando as pessoas estavam voltando para casa”, declarou aos jornalistas o Padre Wilhelmus Tulak.

A Polícia do país informou nesta segunda-feira, 29, que o atentado foi cometido por dois jovens recém-casados, que pertencia a um grupo extremistas adepto ao Estado Islâmico.

Esta não é a primeira vez que as igrejas indonésias são alvo de extremistas islâmicos na Indonésia. Em maio de 2018, seis membros de uma família se fizeram explodir em três igrejas, uma católica e duas protestantes, em Surabaya, a segunda maior cidade do país, matando uma dúzia de fiéis. A família era membro do grupo jihadista Jamaah Ansharut Daulah (Jad) e o ataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado islâmico.

Fonte: Vatican News

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