Por meio do Dicastério para as Causas dos Santos, o Papa Francisco reconheceu no sábado, 17, um ato equivalente ao martírio do advogado brasileiro morto pela polícia quando tentava mediar rebelião de 12 prisioneiros, em 1981: Franz de Castro Holzwarth.
Aos 38 anos, ele “ofereceu a vida” ficando no lugar de um refém policial militar em meio a um motim de presos. Franz de Castro Holzwarth era conhecido pelo apostolado que realizava no cárcere, como membro da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). Os presos confiavam nele. No entanto, após a troca, a polícia atirou contra os presos e Holzwarth morreu junto com eles.
Esse reconhecimento de doação da própria vida ajuda a avançar a causa de beatificação do “servo de Deus”, pois se pode dispensar a comprovação de um milagre por sua intercessão. O processo foi apresentado pela Diocese de São José dos Campos, já que Holzwarth era de Jacareí (SP). (FD)