A segunda e última assembleia do Sínodo sobre a Igreja sinodal, que vai ocorrer de 2 a 27 de outubro, foi apresentada no Vaticano na segunda-feira, 16. Os participantes são quase os mesmos da última reunião, realizada um ano atrás, com apenas 26 substituições (a maioria por motivos de saúde).
Serão 368 membros com direito a voto, dos quais 272 bispos e 96 fiéis entre diáconos, religiosos, religiosas e leigos. Também foram convidados 16 delega dos fraternos, ou seja, cristãos de outras tradições que participam como observa dores, mas com direito de fala.
O principal objetivo dessa assembleia é chegar a algumas propostas sobre como aperfeiçoar o caminho da Igreja de hoje rumo à sinodalidade, isto é, como facilitar que todos possam ter voz e participação na vida da Igreja, respeitando os vários papéis e vocações. Os diferentes agentes da realidade eclesial – clero, leigos e consagrados – podem viver de forma mais autêntica a corresponsabilidade e a comunhão na mesma missão.
A maior novidade na forma como será organizado o encontro é a decisão de realizar uma celebração penitencial: um momento de oração dos participantes para confessar alguns pecados “em nome de todos os batizados”, entre eles o pecado contra a paz, contra os migrantes e o pecado de abuso. Foi decidido que os jovens são o principal público-alvo desse encontro de oração com o Papa.
Durante a coletiva de imprensa de apresentação da assembleia, O SÃO PAULO perguntou o porquê da decisão de incluir os jovens em particular por meio de um vigília penitencial (e não com música ou eventos festivos, como é mais comum).
O Cardeal Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo, respondeu: “Os jovens são aqueles que mais nos questionam sobre esses pecados [cometidos por membros da Igreja] e por isso quisemos mostrar que estamos em um caminho de conversão. Reconhecemos nossas fraquezas e queremos que participem conosco desse processo.”