Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem início em Aparecida

Em sua 60ª edição, a Assembleia da CNBB seguirá até o dia 28 de abril. Estão previstas 22 sessões para a discussão dos temas, além de retiro e Celebrações Eucarísticas diárias. Também serão escolhidos os novos membros da presidência da Conferência, das Comissões, para o CELAM e Assembleia do Sínodo, no Vaticano, em outubro. Os bispos do Regional Sul 1 oferecem as primeiras impressões acerca do encontro.

COLEGIALIDADE

Na manhã dessa quarta-feira, 19 de abril, foi aberta a 60ª edição da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O encontro, junto à Mãe Aparecida, retoma o seu formato original (presencial e desenvolvido em 2 semanas de trabalho).

Segundo o portal da CNBB, em 22 sessões, os bispos orientarão as discussões à luz de um tema central (Avaliação Global da Caminhada da CNBB; conforme o Artigo 141 do Regimento em vigor), de 6 temas prioritários (Doutrina da Fé, Liturgia, Regimento da CNBB, Relatório do Quadriênio, Relatório Econômico, Textos Litúrgicos – CETEL) e outros 15 temas diversos (Acordo Brasil Santa Sé, Análise de Conjuntura Social e Eclesial, Gestão, Campanha da Fraternidade, Conselho Episcopal Latino Americano, Charis, Comissão Comunhão e Partilha, Comissão Episcopal para a Amazônia, Fundo Nacional de Solidariedade e Jubileu 2025, pesquisa “Saúde Integral do Clero”, Sínodo 2023-2024, visita do bispo auxiliar da diocese de Maiduguri, da Nigéria, dom John Bogna Bakeni e 15º Intereclesial das CEBs.

Ainda no contexto da programação, estão previstas Celebrações Eucarísticas diárias (sempre às 18h30, no Santuário Nacional), Celebração Penitencial no dia 23, Celebração inter-religiosa no dia 26 e Retiro nos dias 22 e 23 de abril.

O presidente do Regional Sul 1 da CNBB e bispo de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini, em relato enviado diretamente de Aparecida, sublinhou que a Assembleia é a oportunidade para os bispos, durante 10 dias, possam se “encontrar, conviver e rezar juntos”. Ainda segundo o epíscopo, outra ação importante é a “reflexão sobre tantos temas” da missão evangelizadora. “Saímos muito mais fortalecidos para continuar, cada um, o seu trabalho em sua Diocese e, assim, a Igreja do Brasil evangelizar, que é a sua missão”, sintetizou Dom Stringuini.

PARTILHA

Segundo o bispo de Bragança Paulista, Dom Sérgio Colombo, o “clima (da Assembleia) é de comunhão, participação e missão”. No Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, a abertura do encontro foi marcada por oração inicial, pela recordação dos bispos falecidos desde o último encontro geral e pela apresentação dos novos bispos.
Dom Sérgio também falou sobre a exposição de um “amplo relatório” apresentado pela Presidência da CNBB. “É sempre uma alegria. É um encontro que diz respeito a toda a Igreja do Brasil, não só aos bispos, mas às suas Igrejas Particulares, seus presbíteros, cristãos leigos e leigas, tantas atividades, tantas frentes de evangelização que aqui se encontram para olhar sempre em frente, avaliar e sob a força e a luz do Espírito Santo prosseguir o caminho como Igreja de Jesus Cristo”, concluiu.

Números

O bispo de São José do Rio Preto, Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, igualmente partilhou alguns números que dão a dimensão da grandeza da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que conta com 485 bispos (dos quais 326 “encarregados” e 157 eméritos). Desde maio de 2022, 8 bispos faleceram, 17 foram nomeados e 11 foram transferidos.

PROGRAMAÇÃO

Segundo a Conferência, “estão previstas as seguintes comunicações durante a 60ª AG CNBB: bispos eméritos, Comissão de Comunicação, Organismos do Povo de Deus, relato da Ação Missionária Nacional, em Manaus, Sínodo dos Bispos e XVIII Congresso Eucarístico Nacional. A Assembleia emitirá ainda três mensagens: ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos e ao povo brasileiro”.


Por André Botelho/Diocese de São José do Rio Preto/SP ao Regional Sul 1 da CNBB

guest
1 Comentário
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários
Pe. Cilto José Rosembach
Pe. Cilto José Rosembach
1 ano atrás

Muito bom realizar a assembleia dos bispos, para fortalecer o pastoreio e retomar a unidade na diversidade.