Comissão especial de enfrentamento ao tráfico humano da CNBB expressa solidariedade ao povo Yanomami e cobra ações dos governos

Cratera aberta pelo garimpo na região do Uraricoera, Terra Indígena Yanomami. (Bruno Kelly /HAY)

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da CNBB divulgou uma “Nota de repúdio à violência contra o povo Yanomami”. No documento, a Comissão demonstra sua indignação e repúdio diante da violência sofrida pelo povo Yanomami, especialmente a invasão do garimpo ao seu território, a violência sexual contra mulheres e crianças e o completo descaso dos governos.

Na nota, a Comissão para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB apresenta dados do relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo”, divulgado em 11 de abril, pela Hutukara Associação Yanomami. O relatório denuncia a dramática realidade em que vivem as comunidades Yanomamis do Amazonas, de Roraima e, também, revela que a exploração do garimpo cresceu 46% nas reservas indígenas em 2021. “Os números de ataques criminosos contra as comunidades Yanomamis são alarmantes e desesperadores”, diz a nota.

A CEPEETH, une-se à reivindicação das lideranças indígenas e apela para que o Governo Federal  reavalie suas ações, pois muitas operações de combate ao garimpo não surtiram e não estão surtindo efeito:

“Fiel ao seu compromisso místico-profético com os clamores dos pobres e da terra, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano expressa solidariedade e compromisso com a defesa da vida das comunidades Yanomamis e das florestas, sobretudo, as áreas de reservas indígenas; repudia e denuncia com indignação, toda forma de exploração e violência em especial, a violência sexual contra Mulheres,
adolescentes e crianças”, diz o documento.

Confira a íntegra aqui: Nota de repúdio à violência contra o povo Yanomami
Conheça o relatório: “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo”

Fonte: CNBB

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