Paris 2024: com Tati Weston-Webb e Gabriel Medina, Brasil mantém tradição de medalhas no surfe

Brasileiros brilham na disputa olímpica realizada no Taiti com uma prata no feminino e um bronze no masculino

Fotos: COB

O Brasil escreveu nesta segunda-feira, dia 5, mais um capítulo inesquecível na história do surfe mundial. Nas ondas de Teahupo´o, no Taiti, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina conquistaram medalhas de prata e bronze, respectivamente, e se juntaram a Italo Ferreira – ouro em Tóquio 2020 – na galeria de conquistas olímpicas na modalidade.

Depois de três dias de espera, a competição aconteceu em um mar com ondas de 4 a 8 pés de frente e no último dia possível para a disputa.

Após vencer a costarriquenha Brisa Hennessy na semifinal por 13.66 a 6.17, na decisão do ouro Tati teve pela frente a americana Caroline Marks, atual campeã mundial. Tati se manteve na briga até a última onda, quando precisava de um 4.68 para virar a bateria. A nota de 4.50 decidiu pela prata da brasileira, que somou 10.33 contra 10.50 da adversária.

A trajetória de Tati até a medalha teve um percalço na primeira rodada, quando a brasileira ficou na segunda colocação e teve que disputar a repescagem para se manter viva na competição.


“Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho, né. Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores”, refletiu Tati. “Foram dias bem puxados, mas além de puxados, foram dias abençoados. Especialmente porque eu acho que tivemos o melhor lugar para participar das Olimpíadas. E foi uma honra gigante representar o Brasil, o meu país. E quase deu ouro, mas a prata é tudo. Esse é o momento mais alto da minha carreira que eu tenho certeza que vou alcançar. Mas é puro orgulho”, disse a atleta.


Já Medina, para chegar ao pódio olímpico, venceu o peruano Alonso Correa na disputa do bronze por 15.54 a 12.43.

“Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Claro que eu queria estar na final, mas a gente teve uma outra oportunidade de ir pra cima do bronze e não quis deixar escapar. Tóquio foi uma semifinal que ficou na minha cabeça. Eu falei, ‘pô, de novo não’. Essa medalha tem que ir pra casa. E eu fico feliz de ter conquistado. Veio mais onda, tive mais oportunidade e, graças a Deus, conseguimos conquistar o bronze”, celebrou Medina.

Na semifinal, em uma revanche da última etapa do Circuito Mundial no Taiti, ele foi superado pelo australiano Jack Robinson em uma bateria de pouquíssimas ondas.

Na campanha olímpica em Teahupo´o, sua onda preferida, o brasileiro venceu todas as baterias que disputou e fez a maior nota do evento: 9,90, com direito a uma foto que viralizou no mundo todo. O resultado concretiza o maior objetivo de Medina no ano e coroa uma carreira vitoriosa, que já tinha três títulos mundiais no currículo (2014, 2018 e 2021) e 18 troféus de etapas da elite do surfe.

Fonte: COB

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