Universidades propõem recursos para biodiversidade de países pobres

Santuário Cristo Redentor

O ato Chamada Global realizado, no sábado, 24, no Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, marcou o encerramento do Congresso das Universidades Ibero-americanas “Os 10 anos da Laudato si’, preparatório para COP30: Dívida Ecológica e Esperança Pública”, realizado na PUC-RJ, desde o dia 21.

O encontro reuniu integrantes de mais de 230 universidades públicas e privadas, confessionais e laicas das Américas, Espanha, Portugal e Reino Unido. No documento final da atividade, os representantes das universidades fizeram a proposta de transformar a dívida pública dos países mais pobres em dívida ecológica, por meio de investimentos para a biodiversidade, ciência, educação e transição energética.

“Nós propomos que os Estados, os organismos multilaterais e os atores financeiros globais impulsionem, no marco do Acordo de Paris, a remissão entre a dívida pública que têm os países menos industrializados, com a dívida ecológica que têm os mais desenvolvidos”, disse o Padre Anderson Antonio Pedroso, SJ, Reitor da PUC-Rio.
Em mensagem de vídeo aos participantes do encontro, o Papa Leão XIV defendeu uma reflexão conjunta sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o Papa Francisco sugerira em sua mensagem para o Dia Mundial pela Paz de 2025.

IMPLEMENTAÇÃO

Na quinta-feira, 22, durante uma aula magna no encontro na PUC-RJ, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, deu uma aula da magna e defendeu que muito tempo já foi empregado nas discussões de medidas para salvar o planeta e que a COP30 tem que ser a conferência de implementação das decisões.

“Tem que ser justo para todo mundo, principalmente para os mais vulneráveis. A COP 30 tem que ser a COP da implementação. Nós já discutimos cadernos de verbas, fizemos tudo que dava para protelar. Agora, não tem mais o que fazer. É implementar, implementar, implementar”, disse naquele dia a ministra.

Marina Silva destacou ainda que a ciência tem papel fundamental para assegurar uma rede de preservação da natureza contra os efeitos das mudanças climáticas. “Cada vez mais as políticas terão que ser feitas com base em dados e evidências. Não tem mais tempo para a gente ficar inventando coisas e ignorando o que as universidades estão produzindo nas mais diferentes frentes da produção científica”, pontuou.

(por Redação – com informações da Agência Brasil)

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