A Madalena, moradora da Vila Iorio, me diz que sempre foi companheira da mãe, sempre cuidou dela. No entanto, quando a mãe faleceu, há seis anos, ela estava morando em outra cidade e não conseguiu chegar a tempo de vê-la. Isso a incomoda muito. E ela pergunta: “Como se livrar desse sentimento?”
Madalena, Madalena: não se preocupe tanto com isso. Você sempre foi uma boa filha e não deixou de ser quando mudou para o interior. Sua mãe adoeceu. A vida é assim. Você certamente com o coração nas mãos veio correndo, mas não deu tempo de ver sua mãe com vida. Paciência, minha querida. A vida tem surpresas bonitas e surpresas tristes. Não há muito sentido você alimentar no seu coração um sentimento de culpa. Toque em paz a sua vida. Agradeça a Deus a maravilhosa mãe que você teve. E ore por ela. Eu tenho absoluta certeza de que lá junto de Deus, sua querida mãe intercede por você.
Sabe, minha irmã, quando minha querida mãe faleceu, o querido Dom Paulo Evaristo Arns foi rezar conosco no velório. Eu me lembro, emocionado, das palavras dele naquele momento: “Vocês, filhos e netos, agradeçam a Deus, porque ganharam uma intercessora no céu”. É o que eu digo a você e a seus familiares: “Deem graças a Deus pela mãe de vocês que está agora junto de Deus!”.