Em contínua concordância com os Concílios Ecumênicos e sentindo com a Igreja, o papa Francisco, tem procurado dialogar com o mundo e mostrado interesse em tornar a Igreja sempre sinodal. Recordando os 60 anos do término do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), e os 280 anos da criação da Diocese de São Paulo (1745-2025), queremos testemunhar os desdobramentos da Unidade da Igreja, e, viver a Sinodalidade, no pontificado do papa Francisco.
A Igreja realizou o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) intensificando o aggiornamento. Isso significa, de forma absoluta, que a Igreja propôs a sua presença evangelizadora no mundo. De fato, apresentou que a Esposa de Cristo faz parte das realidades humanas, sem diminuir sua vitalidade em anunciar sempre o Evangelho de Jesus Cristo. Ao largo a Igreja marcou passos e abriu janelas, para com o tempo e o espaço, em todos os momentos, e hoje, procura dialogar com a contemporaneidade.
Importante destacar que a Igreja presente em São Paulo, continuamente, vem mostrando sua capacitação de inserir-se no mundo e dialogar com as realidades humanas. Em 1888, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, convocou e realizou o primeiro Sínodo, em São Paulo. Manifestou o senso de sinodalidade e apresentou as orientações dos Concílios Ecumênicos de Trento (1545-1563) e Vaticano I (1869-1870), para que fossem aplicadas na Diocese.
Seguindo o itinerário, a Esposa de Cristo, firmou passos e abriu janelas para com a contemporaneidade, mantendo a sua unicidade com a universalidade da Igreja de Cristo. A Igreja presente em São Paulo, no episcopado de Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho (1873-1894), buscou a unicidade com a Igreja presente em Roma. Os prelados marcavam a sintonia entre a Igreja Universal e as Igrejas Particulares.
Depois do Concílio Ecumênico Vaticanos II, os Sínodos ganharam força e vitalidade, para que a Igreja de Cristo Jesus se manifestasse vigorosamente às pessoas de boa vontade. Vários Sínodos Ordinários e Extraordinários foram realizados, em Roma. A Instituição do Sínodo dos Bispos, desejada pelos padres conciliares, foi consolidada, para manter vivo o espírito sinodal, gerado pela experiência conciliar. O primeiro Sínodo, pós conciliar, foi convocado e finalizado por São Paulo VI, em 1967. Desde então, os Sínodos estão marcando a vida da Igreja.
Enquanto estamos vivendo os desdobramentos do Sínodo, convocado pelo papa Francisco, aproveitamos para passear pela História da Arquidiocese de São Paulo. Tanto vemos a marca sinodal na Igreja paulopolitana, sobretudo em 1888, quanto percebemos a alegria da sinodalidade, como proposição no pontificado de Francisco.
Em todos os tempos e sob variadas formas, a Igreja de Cristo Jesus conversa consigo mesma e dialoga com a humanidade. Findadas as etapas dos Sínodos, os resultados são salutares e benéficos, para a santidade da Igreja e para a santidade dos homens e mulheres. Sempre e sob as luzes do Espírito Santo (cf At 15, 28) as proposições finais dos Sínodos engrandecem a todos, criando laços afetivos e efetiva evangelização.