História assegurada no Arquivo Metropolitano da Cúria de São Paulo

Sergio Ricciuto Conte

Em tempos de sinodalidade, com alegria e profunda estima, lembramos o 1º Arcebispo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que esteve à frente da Igreja em São Paulo entre 1906 e 1938. O paulista, nascido em Taubaté, instaurou dinamicidade na Igreja Paulopolitana, criada em 6 de dezembro de 1745 e, elevada a Arquidiocese, em 7 de junho de 1908.

Em 4 de abril de 1918, inaugurou o Arquivo, que desde 1984 passou a ser conhecido como Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, ambiente reservado e seguro aos documentos e privacidade aos consulentes. O ilustre Prelado assegurou a memória da cidade nos documentos contidos e preservados no Arquivo. Podemos revisitar a história da nossa Pauliceia Desvairada por meio das fontes e dos documentos ali guardados. O Arquivo mantém um acervo fenomenal, grandioso como a cidade de São Paulo e valioso quanto nossa Arquidiocese. 

Por ocasião do centenário do Arquivo, em 2018, o diretor técnico do Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, Jair Mongelli Junior, dialogou com os alunos da PUC de São Paulo. Esteve presente na Faculdade de Ciência da Computação, campus Marquês de Paranaguá, falando para duas turmas, e no campus Monte Alegre, conversando com uma turma na Faculdade de Direito.

Jair Mongelli Junior, falando aos alunos da Ciência da Computação, com presteza e propriedade, lembrou-os da preservação dos documentos. Alertou sobre a digitalização e da importância do manuscrito para assegurar a durabilidade das fontes. Conversando com os alunos do Direito, em tempos de violência trabalhados em sala de aula, recordou os inúmeros casos registrados sobre a violência encontrada e preservada em documentos datados do século XVIII. Costumeiramente, Jair Mongelli Junior se faz presente também junto aos alunos da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, nos Santana e Ipiranga, quando da preparação do Exame De Universa Theologiae.

Além do Centenário do Arquivo, celebrado em 2018, o arquivista Jair Mongelli recordou os documentos e jornais de época, sobretudo O SÃO PAULO, que é publicado desde 1956, e o posicionamento da Arquidiocese de São Paulo sobre o momento de Igreja na América. Estamos vivendo as benesses da 1ª Conferência Latino-Americana e Caribenha, realizada no México, em 2021. Estamos, no agora de 2022, vivendo a fase continental do sínodo sobre a sinodalidade, querido pelo Papa Francisco.

O primeiro sínodo arquidiocesano de São Paulo, proposto pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, está retomando as suas atividades. Em 2022, estamos celebrando o Congresso Eucarístico Nacional, ocorrido em São Paulo, em 1942. Muitos desses acontecimentos podem ser pesquisados no Arquivo Metropolitano.

Portanto, o Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva é memória preservada e história assegurada. Esteja sempre, no presente da Igreja, sob o olhar das fontes e pesquisas realizadas no Arquivo, assegurada uma postura firme para o Anúncio do Evangelho de Cristo Jesus em terras bandeirantes.

As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.

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Claudio Di Giorgio
Claudio Di Giorgio
2 anos atrás

Uma pena, o Arquivo não ser climatizado, pois a climatização seria essencial para manter a qualidade dos livros de registros e demais documentos históricos arquivados na sede do Ipiranga.

E infelizmente, não existi nenhum projeto de digitalização dos registros eclesiásticos, de batismos e casamentos, do Arquivo da Cúria.