O purgatório, de fato, existe?

A Ivanilda, de Osasco (SP), conta que o marido, católico, tem 71 anos, e não acredita no purgatório. Ele diz que não está escrito na Bíblia. “O que devo fazer para ele acreditar?”, ela me pergunta.

Ivanilda, minha querida irmã. Eu prefiro sempre acreditar na misericórdia de Deus a achar que ele não perdoa. O salmista nos diz assim: “Dai graças ao Senhor porque ele é bom, e infinita é a sua misericórdia.” Percebeu, minha querida irmã? A misericórdia de Deus é infinita. Não tem fim.

Agora, o que nos ensina a doutrina do purgatório? Que aquelas pessoas que não chegaram a cometer pecados mortais ou cometeram e se arrependeram têm o perdão de Deus, mas devem pagar ainda as consequências dos seus pecados. Por isso, elas precisam um tempo de purificação antes de contemplar o rosto de Deus. Chamamos a este tempo de purificação de purgatório. Há um livro na Bíblia chamado Macabeus. Nele, a gente lê que, após uma batalha, Judas ofereceu um sacrifício pelos que morreram.

E Jesus afirma que há pecados que não são perdoados nem nesta, nem na outra vida. Dizendo assim, Jesus admite que há pecados que são perdoados em outra vida.

Por que, então, não rezar pelos mortos? Por que não pedir para eles a misericórdia infinita de Deus?

Por isso, irmã, nós, católicos cremos em três níveis da mesma Igreja: a Igreja militante, que está neste mundo; a Igreja triunfante, que já está contemplando a face de Deus; e a Igreja padecente, que se purifica antes de ir até Deus. Esses três níveis estão em plena comunhão. Nós rezamos pela Igreja padecente. A Igreja triunfante reza por nós. E a Igreja padecente, não podendo orar por si mesma, ora também por nós.

Dê um abraço a seu marido.

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