No Dia do Amparo, toda a gratidão aos que ajudam a cuidar das gestantes, bebês e puérperas

Luciney Martins/ O SÃO PAULO

Na sexta-feira, 8, Solenidade da Ima­culada Conceição, a Associação Amparo Maternal, que atua há 84 anos no acolhi­mento social e na assistência à saúde de gestantes e seus bebês, celebrou o Dia do Amparo, com várias atividades, incluindo a prestação de contas das ações realizadas em 2023, a inauguração de duas salas de capacitação profissional para mães e a entrega de certificados aos representantes do projeto Paróquia Solidária.

“O projeto Paróquia Solidária consiste na ajuda de paróquias na arrecadação dos cupons fiscais direcionados ao Amparo Maternal que retornam em forma de re­ceita financeira”, explicou Paula Lorenna Alves Pirolo, 36, diretora-presidente do Amparo Maternal, detalhando que já são 187 paróquias parceiras, das quais 87 con­tribuindo há mais de um ano.

Administradores, colaboradores e voluntários do Amparo Maternal, bem como as mães acolhidas com seus bebês, além de parceiros e representantes da so­ciedade civil e religiosa, participaram das atividades. Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, conduziu o momento da bênção e inauguração das salas de ofici­na de moda e o espaço de beleza; e Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade, participou da entrega dos certificados do projeto Paró­quia Solidária.

CASA DE ACOLHIDA

Luciney Martins/ O SÃO PAULO

Atualmente, o centro de acolhida tem capacidade para 100 mulheres. Desde agosto, também permite que as gestantes e puérperas permaneçam na casa com o bebê e outros filhos de até 6 anos de idade.

O Amparo Maternal realiza um trabalho social personalizado, contri­buindo para restaurar e preservar aintegridade de mulheres, gestantes e seus filhos, favorecendo a dignidade humana, a reinserção social, familiar e comunitária, o desenvolvimento de ha­bilidades para autonomia da mulher e a geração de renda.

“Além de acolher e salvar vidas, o Am­paro Maternal contribui com a redução de mortalidade materna e infantil”, co­mentou Lorenna, como é mais conhecida, afirmando que a associação conta com 41 colaboradores e 117 voluntários.

Dom Ângelo enalteceu a ação huma­nizadora e a capacitação profissional pres­tadas às mães: “O Amparo Maternal, com a graça de Deus, o apoio da Arquidiocese e da população, tem ampliado seus servi­ços e criado alternativas, sobretudo para a profissionalização dessas mães. O Ampa­ro é a casa da acolhida e expressa a carida­de eclesial e social”.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Luciney Martins/ O SÃO PAULO

A entidade também celebra o bom êxito da campanha Amparo Pela Vida, realizada ao longo de 2023, para angariar recursos ao Centro de Acolhida. Foram arrecadados R$ 2,050 milhões. No proje­to Paróquia Solidária, a arrecadação foi de R$1,186 milhão.

Com as doações de empresas e pesso­as físicas, eventos, promoções e o direcio­namento de créditos do cupom fiscal para a entidade, além do apoio de paróquias e outras organizações eclesiais, foi possível o custeio dos serviços, das reformas do prédio – quartos, refeitório e cozinha –, além da reinserção de parte das acolhidas no mercado de trabalho.

Padre José Geraldo Rodrigues Moura, da Paróquia São José, na Vila Zelina, foi um dos pioneiros na adesão à campanha Paróquia Solidária. “Conheço o Amparo Maternal há 36 anos e sei da credibilidade, da atuação, da causa nobre e do bem que esta associação promove”, afirmou.

Dom Carlos Lema ressaltou que a entrega dos certificados às paróquias parceiras “é a manifestação pró-vida”. Ele agradeceu a parceria e a presença dos re­presentantes no evento.

METAS PARA O NOVO ANO

Lorenna enfatizou que a meta para 2024 é aumentar a arrecadação, efetivar o projeto da padaria social que está em tra­mitação e expandir as ações já realizadas, por meio da manutenção das parcerias vigentes e atração de novos parceiros e patrocinadores.

“Ainda há muito a ser feito para que o Amparo Maternal possa não só se manter, mas também melhorar a qualidade dos serviços prestados. As campanhas Ampa­ro pela Vida, Paróquia Solidária, entre ou­tras parcerias, vêm para agregar, favorecer e expandir nossa atuação”, prosseguiu a diretora. projeto da padaria social que está em tra­mitação e expandir as ações já realizadas, por meio da manutenção das parcerias vigentes e atração de novos parceiros e patrocinadores.

“Ainda há muito a ser feito para que o Amparo Maternal possa não só se manter, mas também melhorar a qualidade dos serviços prestados. As campanhas Ampa­ro pela Vida, Paróquia Solidária, entre ou­tras parcerias, vêm para agregar, favorecer e expandir nossa atuação”, prosseguiu a diretora.

‘CASA DA VIDA’

A angolana Lvunzi Albertina Pedro Panzo, 31, está no Brasil há cinco meses em busca de melhores condições de vida. Na gravidez, ela encontrou na instituição apoio e amparo.

“Como é gratificante saber que al­guém olha para você com amor, resgata a sua dignidade e devolve o seu sentido da vida”, disse a mãe do pequeno Domingos Zola Panzo, de 1 mês, que nasceu no Am­paro Maternal.

“Vim ao Brasil em busca de opor­tunidades. Aqui concluí meu curso de cuidadora de idosos e estou inscrita no novo curso de manicure, que começa em janeiro. Aos poucos, vou encami­nhando minha vida neste País que me acolheu”, ressaltou.

Beatriz Sebastião Ventura Diogo, 45, é mãe de quatro filhos. Deixou Angola e veio ao Brasil, após perder uma gestação devido às péssimas condições do siste­ma de saúde local. “Quando descobri a nova gravidez, não hesitei em deixar tudo para garantir a vida do Gael”, dis­se, emocionada, com o pequeno de 10 meses no colo. “Gratidão é o que define a minha experiência nesta casa de amor e vida. Aqui é minha casa, é a casa da vida, onde me sinto acolhida e valoriza­da”, disse a mulher, que concluiu o curso de cuidador de idosos e que já está ins­crita no curso de costura que começará no início de 2024.

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