‘Obrigado a todos’, diz o Papa Francisco ao receber alta médica

Depois de 38 dias de internação, Pontífice finalmente pôde saudar os fiéis que estavam em frente ao Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma

Fotos: Vatican Media

“Obrigado a todos!” Essas foram as palavras do Papa Francisco ao saudar os fiéis, romanos e turistas que foram à porta do Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, para ver o Pontífice depois de 38 dias de internação, a mais longa do seu pontificado.

Em meio à multidão, Francisco reconheceu uma senhora, Carmela, que todas as quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um maço de flores: “E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa”, disse ainda o Papa do 5º andar do Hospital, e não do 10º, onde estava internado, justamente para ficar mais próximo dos fiéis, como pediu o Pontífice.

‘Tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor’

Enquanto os fiéis emocionados viam o seu pastor, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o texto preparado para o Angelus deste 3º Domingo da Quaresma.

No texto, Francisco que comenta que parábola do Evangelho deste dia fala da paciência de Deus, que exorta a todos a fazer da própria vida um tempo de conversão: “Jesus usa a imagem de uma figueira estéril, que não produziu os frutos esperados e que, no entanto, o agricultor não quer cortar: deseja adubá-la mais uma vez para ver ‘se dará fruto no futuro’ (Lc 13,9). Esse agricultor paciente é o Senhor, que trabalha com zelo o terreno de nossa vida e aguarda confiante o nosso retorno a Ele”.

“Neste longo período de recuperação, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que vejo também refletida na dedicação incansável dos médicos e dos profissionais da saúde, assim como nos cuidados e nas esperanças dos familiares dos doentes. Essa paciência confiante, ancorada no amor de Deus que nunca falha, é verdadeiramente necessária à nossa vida, especialmente para enfrentar as situações mais difíceis e dolorosas”, prosseguiu.

No texto, o Papa também expressou a tristeza pela retomada dos “pesados bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, com tantas mortes e feridos. Peço que as armas se calem imediatamente e que se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertos e se alcance um cessar-fogo definitivo. Na Faixa de Gaza, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige o compromisso urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional”.

Por outro lado, disse-se alegre com o fato de que “a Armênia e o Azerbaijão tenham acordado o texto definitivo do Acordo de Paz. Espero que seja assinado o quanto antes e possa, assim, contribuir para estabelecer uma paz duradoura no sul do Cáucaso”.

“Com tanta paciência e perseverança, vocês continuam a rezar por mim: agradeço-lhes muito! Eu também rezo por vocês. E juntos imploramos pelo fim das guerras e pela paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Mianmar, no Sudão e na República Democrática do Congo”, escreveu também.

“Que a Virgem Maria nos proteja e continue a nos acompanhar no caminho rumo à Páscoa”, reza o Pontífice por fim.

Fonte: Vatican News

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