Papa agradece serviço do Cardeal Cheong à Igreja na Coreia e à Santa Sé

O Cardeal sul-coreano Nicholas Cheong Jin-suk, ex-arcebispo de Seul e administrador apostólico de Pyong-yang na Coréia do Norte, faleceu em 27 de abril. O Cardeal Yeom recordou seu antecessor, destacando seu compromisso com a evangelização e os valores da vida e da família

Foto do cardeal Nicholas Cheong em Seul, tirada em 16 de junho de 2012  (ANSA)

O Papa Francisco expressou suas condolências pela morte do Cardeal sul-coreano Nicholas Cheong Jin-suk. O Arcebispo emérito de Seul faleceu na terça-feira, 27, no Hospital St. Mary, em Seul, onde recebia tratamento por complicações decorrentes da idade, de acordo com um comunicado à imprensa da Arquidiocese de Seul. Ele tinha 89 anos.

“Foi com tristeza que soube da morte do cardeal, arcebispo emérito de Seul, e ofereço ao senhor e ao clero, religiosos e fiéis leigos da Arquidiocese minhas sinceras condolências e a garantia de minhas orações”, escreveu o Santo Padre em um telegrama de pesar enviado ao atual arcebispo de Seul, cardeal Andrew Yeom Soo-jung.

“Unido com o senhor em agradecimento pelos muitos anos de serviço do cardeal Jin-suk à Igreja na Coreia e à Santa Sé, uno-me a todos que estarão reunidos para a Missa fúnebre solene, recomendando a sua nobre alma ao amor compassivo de Cristo Bom Pastor”, escreveu o Pontífice.

Sobre todos que choram sua perda, na esperança certa da ressurreição o Santo Padre concede a sua bênção apostólica, como penhor de consolação e paz no Senhor Ressuscitado.

O cardeal Yeom homenageou seu antecessor, destacando seu compromisso com a evangelização e os valores da vida e da família.

BIOGRAFIA

O Cardeal Nicholas Cheong Jinsuk nasceu em Supyo Dong, perto de Seul, em 7 de dezembro de 1931, em uma família católica. Desde jovem sonhava em se tornar um inventor e em 1950, ano do início da Guerra da Coreia, ele se matriculou na Faculdade de Engenharia da Universidade Nacional de Seul, mas não pôde continuar seus estudos devido às dificuldades causadas pelo conflito. Mais tarde, ele entrou no Seminário Maior de Song Shin e foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1961. Naquela época, os católicos coreanos representavam menos de 1% da população e ele rezou para que chegassem a 10%, o que aconteceu em 2000.

Estudos em Roma e retorno à Coreia

Formou-se em Direito Canônico na Universidade Urbaniana de Roma e, de volta à Coreia, em 25 de junho de 1970 foi nomeado bispo de Cheongju pelo Papa Paulo VI. Em 3 de outubro do mesmo ano, ele foi ordenado bispo. O seu lema era “Omnibus omnia” (Tudo para todos). Na época de sua nomeação como bispo, havia 6 padres coreanos, 20 padres de Maryknoll e 22 paróquias sob sua jurisdição pastoral em Cheongju. Sempre rezava: “Peço a Deus 100 sacerdotes para esta diocese!” Quando ele a deixou 28 anos depois, o número de sacerdotes diocesanos era de 106.

Cardeal com Bento XVI em 2006

Nicholas Cheong Jinsuk foi criado cardeal por Bento XVI no Consistório de 24 de março de 2006, com o título de Santa Maria Imaculada de Lourdes no bairro Boccea. O cardeal foi membro do Conselho de Cardeais para o estudo dos problemas organizacionais e econômicos da Santa Sé. Traduziu muitos livros e compilou a série de comentários sobre o Direito Canônico que foi a primeira do gênero na Ásia. Em 2005, ele também publicou o livro “Moisés, o Líder de seu Povo”. Era Bispo Emérito de Seul desde 10 de maio de 2012.

(Com informações de Vatican News)

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