Papa: ‘Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança’

Na mensagem ‘Urbi et Orbi’ no Domingo de Páscoa, Francisco também rezou para que se supere as divisões e conflitos em diferentes partes do mundo

Fotos: Vatican Media

Na manhã do Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor, 9, mais de 100 mil fiéis foram a Praça São Pedro para participar da missa solene presidida pelo Papa Francisco.

A cerimônia teve início com a abertura do ícone do Santíssimo Salvador, sob o canto do Aleluia e prosseguiu com a Liturgia da Palavra, sem a homilia, e a Liturgia Eucarística.

Como é tradição, o Papa não fez a homilia nesta missa dominical, pois suas reflexões acerca da Páscoa da Ressurreição ocorreram na homilia da solene vigília pascal, realizada na noite anterior.

Após a celebração, o Pontífice formulou seus votos de Feliz Páscoa a todos os fiéis em sua mensagem Urbi et Orbi (a Roma e a todo o mundo), na qual recordou o significado da Páscoa, isto é, passagem; passagem da morte à vida, do pecado à graça.

“Nele, Senhor do tempo e da história, quero, com o coração repleto de alegria, dizer a todos: feliz Páscoa!”

Que seja para cada um, sobretudo para os sofredores, uma passagem da tribulação à consolação. Afinal, não estamos sós: Jesus, o Vivente, está conosco para sempre. Alegrem-se a Igreja e o mundo, porque podemos “celebrar, por pura graça, o dia mais importante e belo da história”.

Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente, e a humanidade acelera o passo porque vê a meta do seu percurso, o sentido do seu destino: Jesus Cristo. E é chamada a apressar-se ao encontro Dele, esperança do mundo.

Por isso, convidou o Papa, apressemo-nos também nós a superar os conflitos e as divisões, e a abrir os nossos corações aos mais necessitados. Apressemo-nos a percorrer sendas de paz e fraternidade. O caminho é longo e devemos suplicar ao Ressuscitado: “Ajudai-nos a correr ao vosso encontro!”.

Francisco então nomeou os povos e países que mais precisam, neste momento, desta ajuda: são o “amado povo ucraniano”, os russos, sírios e turcos vítimas do terremoto. São ainda israelenses e palestinos e libaneses. No continente africano, anseiam pela paz de Cristo os tunisinos, etíopes, sul-sudaneses, congoleses, eritreus, nigerianos, malauianos, moçambicanos e burquineses. Na Ásia, o Papa reza pelos birmaneses e pelo martirizado povo rohingya. No continente americano, as preces de Francisco vão para o Haiti, “que há vários anos está sofrendo uma grave crise sociopolítica e humanitária”, e para a Nicarágua, que hoje celebra a Páscoa “em circunstâncias particulares”.

O Pontífice suplicou conforto para os refugiados, os deportados, os prisioneiros políticos e os migrantes, especialmente os mais vulneráveis, bem como todos aqueles que sofrem com a fome, a pobreza e os efeitos nocivos do narcotráfico, do tráfico de pessoas e de toda a forma de escravidão.

Francisco pede ao Senhor que inspire os responsáveis das nações, para que nenhum homem ou mulher seja discriminado e espezinhado na sua dignidade; para que, no pleno respeito dos direitos humanos e da democracia, se curem estas chagas sociais.

“Irmãos, irmãs, voltemos também nós a encontrar o gosto do caminho, aceleremos o pulsar da esperança, saboreemos a beleza do Céu! (…) Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo ressuscitou. Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança, o caminho continua. Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz esteja convosco’.”

Fonte: Vatican News

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