No 3º Domingo da Páscoa, 4, foi celebrada na Basílica de São Pedro a última missa do Novendial em sufrágio do Papa Francisco.

O novendial é o período de luto de nove dias que se segue à morte do Papa. Durante este período, a partir do funeral solene, cuja data é decidida pela Congregação dos Cardeais, celebrações especiais são realizadas na Basílica de São Pedro. Essas celebrações são confiadas a um grupo diferente a cada dia, segundo sua ligação com o Papa. Neste domingo, a Eucaristia foi presidida por Dom Dominique Mamberti, cardeal protodiácono.
Na homilia, o Cardeal Mamberti recordou o Evangelho do dia, segundo o qual Jesus aparece aos apóstolos no Mar da Galileia e dá a missão a Pedro para segui-Lo e de apascentar o rebanho do Senhor. “O amor é a palavra-chave desta página do Evangelho”, destacou.
O Cardeal destacou, ainda, que Pedro e os demais Apóstolos assumiram com o amor o serviço à Igreja e a toda a humanidade, com a força do Espírito que haviam recebido no Pentecostes.
‘ANIMADO PELO AMOR DO SENHOR’

Dom Dominique Mamberti recordou como o Papa Francisco foi “animado pelo amor do Senhor e levado pela Sua graça, foi fiel à sua Missão até o extremo esgotamento das suas forças”.
Destacou, também, que o falecido Pontífice “advertiu os poderosos de que é preciso obedecer a Deus antes que aos homens e proclamou a toda a humanidade a alegria do Evangelho, do Pai Misericordioso, de Cristo Salvador. Ele o fez em seu Magistério, em suas viagens, em seus gestos, em seu estilo de vida. Estive perto dele no dia de Páscoa, na sacada das bênçãos desta Basílica, testemunha de seu sofrimento, mas sobretudo de sua coragem e de sua determinação em servir o Povo de Deus até o fim”.
Aos destacar que “a adoração é uma dimensão essencial da missão da Igreja e da vida dos fiéis”, o cardeal protodiácono lembrou que o Papa Francisco a isso recordava com frequência em suas homilias e discursos, e que tal capacidade que a adoração dá não era difícil de reconhecer no Papa Francisco: “Sua intensa vida pastoral, seus inúmeros encontros, baseavam-se nos longos momentos de oração que a disciplina inaciana havia impresso nele. Tantas vezes, ele nos recordou que a contemplação é ‘um dinamismo de amor’ que ‘nos eleva a Deus, não para nos separar da terra, mas para nos fazer habitar nela em profundidade’. E tudo o que ele fazia, o fazia sob o olhar de Maria. Permanecerão em nossa memória e em nossos corações, suas 126 paradas diante da Salus Populi Romani. E agora que repousa junto à amada Imagem, confiamo-lo com gratidão e confiança à intercessão da Mãe do Senhor e nossa Mãe”, concluiu.
(Com informações de Vatican News)