Quem é agressivo pode ser ministro extraordinário da Sagrada Comunhão?

Vejam o que me relata a Aparecida Santos: “Padre, tenho um amigo que é ministro extraordinário da Sagrada Comunhão, só que dentro de casa ele fala coisas horríveis e agride muito a esposa com palavras. Como ele pode ir levar o Corpo de Cristo a alguém se dentro de casa ele é uma pessoa muito ruim?”

Ô Aparecida! Esse caso me faz pensar da mania que muitos têm de vender uma imagem bem maquiada de si mesmos para os que não são próximos. Quantas amigas elogiam o marido de uma mulher, mostrando como ele é gentil, atencioso, generoso, sempre disponível para ajudar. E a pobre esposa, lá no seu coração, se pergunta: “Será que elas estão falando mesmo do meu marido? Em casa ele é grosseiro, me humilha. Vive distante, indiferente comigo”.

Minha irmã, o caso desse ministro é mais comum do que você pensa. E é muito triste, pois se trata de uma hipocrisia daquelas que Jesus tanto censurou nos fariseus e doutores da lei. Isso faz pensar na atenção que uma comunidade deve ter na escolha e na nomeação dos ministros extraordinários da Palavra e da Sagrada Comunhão. E digo mais: em vez de se criar um clima ruim na comunidade, comentando a contradição da vida deste ministro, fica mais fraterno que você fale ao pároco sobre ele, a sós.

Esse caso também ajuda a explicar por que é preciso não prolongar muito o mandato dos ministros, pois assim se evitam problemas como esse. O ministro extraordinário da Sagrada Comunhão ocupa um lugar de destaque na comunidade. Ele precisa dar um lindo testemunho de fé na Eucaristia, de esperança cristã e de amor a Deus e ao próximo, a começar do próximo mais próximo dele, que é a mulher à qual ele jurou amor e respeito por todos os dias. Ore por esse irmão, Aparecida! Que Deus faça com que ele tome consciência da dignidade com que deve viver a sua missão. Fique com Deus!

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