Falece o Cardeal Monsengwo, Arcebispo emérito de Kinshasa

O cardeal fazia parte do Conselho dos Cardeais escolhido por Francisco em 2013

Vatican Media

O Arcebispo de Kinshasa, o Cardeal Fridolin Ambongo, comunicou com pesar a morte do Cardeal Laurent Monsengwo, ocorrida no domingo, 11, em Versalhes na França. No comunicado pediu também orações para o descanso eterno com Deus a quem ele amou e serviu. O Cardeal Fridolin apresentou também suas condolências aos familiares do cardeal e a todos que sofrem com a sua partida garantindo suas orações.

O Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo Metropolitano Emérito de Kinshasa (República Democrática do Congo), nasceu em Mongobele, na província de Bandundu e diocese de Inongo, em 7 de outubro de 1939. Foi ordenado sacerdote em Roma em 21 de dezembro de 1963.

Defender direito das pessoas e denunciar violências

Sempre levantou sua voz para defender os direitos das pessoas e denunciar a violência, apelando e propondo soluções compartilhadas para conflitos armados e econômicos, com base no direito internacional. Promoveu iniciativas de diálogo e reconciliação, tomando partido para pôr fim às hostilidades e trazer todos de volta à mesa de negociações. Nunca escondeu os problemas sociais e políticos mais difíceis e as tentativas de explorar e marginalizar a África, propondo uma visão global das questões que afetam o continente. “A paz anda de mãos dadas com a justiça, a justiça com o direito e o direito com a verdade”, assim afirmou no segundo Sínodo Africano, em outubro de 2009.

Em 6 de dezembro de 2007 Bento XVI o nomeou Arcebispo de Kinshasa e no Consistório de 20 de novembro de 2010 foi nomeado cardeal. Participou do conclave de março de 2013 que elegeu o Papa Francisco e em 13 de abril de 2013, foi nomeado Membro do Conselho dos Cardeais para ajudá-lo no governo da Igreja universal e para estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana.  Era membro das Congregações para a Educação Católica; para a Evangelização dos Povos e do Pontifício Conselho para a Cultura.

Novo Colégio Cardinalício

Após a morte do Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya o Colégio Cardinalício agora está constituído da seguinte forma: 221 cardeais, dos quais 124 eleitores e 97 não-eleitores. Recorda-se que o Cardeal Giovanni Angelo Becciu, após sua renúncia em 24 de setembro de 2020 dos direitos ligados ao cardinalato, encontra-se entre os cardeais não-eleitorais.

Mensagem de Francisco

O Papa Francisco enviou um telegrama de pesar ao arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, cardeal Fridolin Ambongo Besungu, pelo falecimento do cardeal Laurent Monsengwo Pasinya.

A morte do arcebispo emérito de Kinshasa ocorreu no último domingo, 11 de julho, em Versalhes, na França.

No texto, Francisco afirma que tomou conhecimento “com tristeza da morte do cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo emérito de Kinshasa”, e apresenta suas “sinceras condolências” ao cardeal Fridolin e aos familiares do cardeal falecido, “aos bispos auxiliares e aos fiéis das Dioceses de Inongo, Kisangani e Kinshasa, das quais ele foi sucessivamente Pastor”.

Encarnou a missão profética da Igreja

“Peço ao Pai de toda misericórdia que acolha em sua paz e em sua luz este exegeta, este homem de ciência, este grande homem espiritual e este pastor intensamente dedicado ao serviço da Igreja, onde quer que tenha sido chamado”, ressalta o Papa. “Atento às necessidades dos fiéis, cheio de coragem e determinação, o cardeal Monsengwo dedicou sua vida de sacerdote e bispo à inculturação da fé e à opção preferencial pelos pobres. Deste modo, encarnou a missão profética da Igreja. Homem de justiça, paz e unidade, ele estava profundamente envolvido no desenvolvimento humano integral da República Democrática do Congo”, destaca Francisco no telegrama.

Comprometido com o diálogo e a reconciliação de seu povo

Segundo o Pontífice, “o cardeal Monsengwo era uma figura grande e respeitada na vida eclesial, social e política da nação e esteve sempre comprometido com o diálogo e a reconciliação de seu povo. A sua contribuição foi significativa para o progresso do país. Fiel e colaborador próximo em seus últimos anos, ele não deixou de dar sua contribuição para a vida de toda a Igreja”.

Por fim, o Papa concede sua bênção apostólica ao cardeal Fridolin, aos bispos auxiliares, aos sacerdotes, às pessoas consagradas, à família do cardeal falecido e seus parentes, ao povo diocesano e a todos os que participarão das exéquias do purpurado.

(Com informações de Vatican News)

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