
Segundo a Conferência Episcopal Francesa (CEF), o número de jovens e adultos que recebeu (e receberá) o sacramento do Batismo atingiu o recorde em 2025. O levantamento aponta que 10.384 pessoas foram batizadas durante a Vigília Pascal no país.
O número de batizados de adultos cresceu consideravelmente em apenas dois anos — de 5.423 em 2023 para 7.135 em 2025 —, testemunhando, assim, uma dinâmica espiritual que tende a se fortalecer ao longo do tempo. Além desses batizados de adultos, há os de adolescentes, de 12 a 18 anos, cujo número experimenta um crescimento igualmente espetacular: de 2.953 em 2023 para 7.404 em 2025.
No total, 17.788 pessoas, entre adultos e jovens, ingressarão na Igreja Católica na França este ano por meio do sacramento do Batismo.
Entre 2015 e 2022, o número de Batismos de adultos girou em torno de 4 mil por ano. Para muitos observadores, a pandemia de COVID-19 e os sucessivos lockdowns desempenharam um papel decisivo no surgimento dessa nova tendência: os testemunhos convergem para enfatizar que esse período favoreceu o retorno à vida interior.
A tendência de crescimento dos que procuram o Batismo parecem corroborar essa hipótese: o aumento significativo observado em 2023 coincide com o fim do período de dois anos necessário para a preparação dos catecúmenos que iniciaram seu processo em 2021, no auge da pandemia.
Para Dom Olivier de Germay, Arcebispo de Lyon e responsável pela Catequese na conferência episcopal do país, esse aumento nos Batismos não é simplesmente estatístico. O Prelado o vê como “um sinal do Céu”, um convite a reconhecer que “é o Senhor que atrai as pessoas a Si, toca os corações e Se revela”.
É um sinal espiritual que também aponta para alguns dados sociológicos interessantes: 52% dos catecúmenos vêm de origens cristãs e 4% do Islamismo. Entre os adolescentes, essa busca espiritual se expressa com uma nova espontaneidade. Catherine Lemoine, responsável pela pastoral para adolescentes em nível nacional, relata que os jovens, familiarizados com as mídias sociais, não hesitam em demonstrar uma fé desinibida e usar símbolos religiosos com confiança, sem se preocupar com o secularismo.
Fonte: Le Figaro