Libertado sacerdote birmanês preso pelo Exército

Desde o golpe militar de 1° de fevereiro são realizados protestos diários em todo o país, sendo duramente reprimidos pela Polícia e pelo Exército. Casas são revistadas, casas invadidas durante a noite com prisões ilegais, bloqueios nos sistemas de comunicação

Reprodução da Internet

O padre Labang Lar Di, que havia sido preso pelo Exército de Mianmar em 14 de maio, foi libertado na manhã de segunda-feira, 17. Ele foi acompanhado até o Centro diocesano por autoridades locais e pelo bispo Dom Raymond Sumlut Gam. Foi o próprio prelado a fazer o anúncio da libertação.

Padre Labang Lar Di foi preso quando estava a caminho da cidade de Myitkyina, onde iria retirar ajudar em dinheiro para apoiar famílias pobres que estão desempregadas e que participam do movimento de desobediência civil contra o golpe militar ocorrido em Mianmar em 1º de fevereiro passado.

No sábado, 15 de maio, Dom Raymond Sumlut Gam enviou uma carta com um apelo ao comandante e às autoridades estaduais e seus altos funcionários para a libertação do sacerdote que, na manhã do dia 17 foi libertado. A notícia da prisão havia viralizado nas redes sociais, gerando reações acaloradas da sociedade civil e da Igreja birmanesa, que falavam de um novo ato de violência e intimidação por parte dos militares contra funcionários católicos e líderes religiosos.

O sacerdote tem ajudado numerosos civis, cuidando e levando ajuda humanitária àqueles que saem às ruas para se manifestar, ou de alguma forma, que aderiram ao protesto pacífico contra o golpe militar de 1° de fevereiro, sempre trabalhando com espírito de solidariedade e caridade cristã.

Falando à Agência SIR, Dom Gam aproveitou a ocasião para também expressar seu “profundo agradecimento e apreço ao Papa Francisco”, que no domingo, 16 de maio, celebrou uma Missa na Basílica de São Pedro com a comunidade birmanesa de Roma, bem como “às comunidades ao redor do mundo pelas orações especiais e apoio que estão dando pela paz e pelas pessoas que sofrem em Mianmar”.

(Com informações de Vatican News)

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