Disputa à Prefeitura de São Paulo deve ter 14 candidatos

Conheça os nomes escolhidos nas convenções partidárias e veja as recomendações da CNBB sobre os critérios para a hora do voto

(Crédito: Prefeitura de São Paulo)

Com o término do prazo para que todos os partidos realizassem suas convenções até a quarta-feira, 16, nas quais definiram suas coligações e os candidatos a prefeito e vereador, já há um primeiro panorama da disputa à Prefeitura de São Paulo: há 14 candidatos, três a mais do que nas eleições de 2016.

As candidaturas devem ser registradas no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) até 26 de setembro e aguardar a validação da Justiça Eleitoral. A seguir, O SÃO PAULO apresenta um breve perfil dos candidatos (por ordem alfabética).

Andrea Matarazzo (PSD): Paulistano, ele é filiado a este partido desde março de 2016, ele esteve anteriormente no PSDB, sendo líder de bancada na Câmara Municipal. Foi, ainda, embaixador e ministro da Comunicação no governo Fernando Henrique Cardoso. No estado de São Paulo, ocupou as funções de secretário de Energia e de Cultura. Na Capital Paulista, já atuou como subprefeito da Sé e secretário de Serviços e das Subprefeituras. Terá como vice Marta Costa (PSD).

Antonio Carlos (PCO): Carioca, ele vive em São Paulo há mais de 30 anos e é professor na rede pública estadual. Na política, integra e executiva nacional do partido e é o responsável pela Corrente Sindical Causa Operária. Foi um dos fundadores do PT. Terá como vice Henrique Áreas, do mesmo partido.

Arthur do Val (Patriota): Paulistano, atualmente ele é deputado estadual. Como empresário, tem atuação nos segmentos de transporte, combustíveis, construção civil e resíduos metálicos. Ele integra o Movimento Brasil Livre (MBL), que ganhou projeção nas manifestações pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nas redes sociais é conhecido como “Mamãe Falei”. Terá como vice Adelaide Oliveira (Patriota).

Bruno Covas (PSDB): Natural de Santos (SP), ele é neto do ex-governador Mário Covas, já falecido. Bruno foi eleito vice-prefeito da Capital Paulista em 2016. Assumiu a Prefeitura em abril de 2018, com a renúncia de João Doria para concorrer ao governo do estado. Anteriormente, foi deputado estadual, federal e secretário do Meio Ambiente do estado de São Paulo. Tentará a reeleição tendo como vice o vereador Ricardo Nunes (MDB).

Celso Russomanno (Republicanos): Paulistano, ele está sem seu sexto mandato como deputado federal e disputará a eleição para prefeito da Capital Paulista pela terceira vez. Nas duas anteriores, 2012 e  2016, não chegou ao 2o turno. Terá como vice Marcos da Costa (PTB), ex-presidente da OAB-SP, que desistiu da candidatura a prefeito para compor chapa com Russomano.

Filipe Sabará (Novo): Paulistano, ele é empresário do ramo de cosméticos. Na política, já atuou como secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social durante a gestão do João Doria. Posteriormente, presidiu o Fundo Social do Estado de São Paulo, onde ficou até outubro de 2019. Terá como vice Marina Helena, do mesmo partido.

Guilherme Boulos (PSOL): Paulistano, ele é coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e membro da direção do movimento “Frente Povo Sem Medo”. Em 2018, concorreu a presidência da República, mas não chegou ao 2o turno das eleições. Terá como vice a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), que foi prefeita de São Paulo, entre 1989 e 1992.

Jilmar Tatto (PT): Natural de Corbélia (PR), ele já foi deputado federal por São Paulo por dois mandatos e deputado estadual, além de secretario municipal de Abastecimento, Transportes, de Subprefeituras e de Governo nas gestões petistas de Marta Suplicy (2001-2004) e Fernando Haddad (2013-2016). Terá como vice o deputado federal Carlos Zarattini, do mesmo partido.

Joice Hasselmann (PSL): Nascida em Ponta Grossa (PR), iniciou carreira política em 2018, ano em que foi eleita deputada federal por São Paulo. Foi líder do governo Bolsonaro na Congresso Nacional, mas foi destituída pelo presidente deste papel de articulação em outubro de 2019. Terá como vice Ivan Leão Sayeg (PSL).

Levy Fidelix (PRTB): Natural de Mutum (MG). Disputa a eleição para prefeito de São Paulo pela 5a vez. As anteriores foram em 1996, 2008, 2012 e 2016. Já foi candidato ao governo do estado e nos anos de 2010 e 2014 também à presidência da República. Terá como vice Jairo Glikson (PRTB).

Márcio França (PSB): Nascido em São Vicente (SP), foi vereador e prefeito daquela cidade por dois mandatos. Foi secretário estadual de Turismo e de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação nas gestões de Alckmin, de quem foi vice-governador. Em 2018, assumiu o comando do estado, após o tucano deixar o cargo para concorrer nas eleições presidenciais. Tentou se reeleger ao Palácio dos Bandeirantes em 2018, mas foi derrotado em 2o turno. Terá como vice Antonio Neto (PDT).

Marina Helou (Rede): Paulistana, ela foi eleita deputada estadual por São Paulo em 2018. Naquele mesmo ano, fundou o movimento Vote Nelas, que atua para eleger mais mulheres para o Legislativo em todo o país. É ainda fundadora da Rede Empresarial de Inclusão Social. Terá como vice Marco Di’Preto, do mesmo partido.

Orlando Silva (PCdoB): Nascido em Salvador (BA), ele foi ministro dos Esportes entre 2006 e 2011, nas gestões petistas de Lula e Dilma. Entre 2013 e 2015 foi vereador em São Paulo e atualmente está em seu segundo mandato como deputado federal. Já foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e é fundador da União de Negros pela Igualdade (Unegro). Terá como vice Andrea Barcelos (PCdoB).

Vera Lúcia (PSTU): Nascida emInajá (PE), ela foi candidata à presidência da República pelo partido em 2018. Já integrou movimentos sindicais e estudantis. Está no partido desde 1994, após ter deixado o PT em 1992. Anteriormente, foi candidata a prefeita de Aracaju (SE) em 2004, 2008 e 2012, mas não chegou ao 2o turno. Terá como vice Lucas Simabukulo, do mesmo partido.

O que levar em consideração na hora de escolher um candidato?

Na cartilha “Os cristãos e as eleições”, elaborada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), são apresentadas algumas orientações para que o eleitor decida seu voto:

– Que o candidato tenha boa índole: o eleitor deve buscar informações sobre a história, família, valores e princípios que regem a atuação do candidato na sociedade e em seu trabalho social.

– Que o partido, em seus estatutos, defenda a vida desde a sua concepção até o fim natural, seja favorável à família, à dignidade humana e aos direitos dos mais vulneráveis.

– Que o candidato tenha competência, ou seja, capacidade de liderança política e de administrar os recursos públicos, que saiba delegar atividades e escolher os mais bem preparados colaboradores para cada área.

– Que o político seja ficha limpa: não se deve votar em quem está ou já esteve envolvido em corrupção ou foi condenado pela Justiça.

– O eleitor deve conhecer a proposta de governo do candidato, como pretende executá-la e com quem está comprometido. Para tal, é preciso se informar além do que é apresentado na propaganda eleitoral.

– Se já ocupou cargo similar ou é candidato à reeleição, recomenda-se que o eleitor avalie como foram os mandatos anteriores, se o político trabalhou em favor do bem-comum e se esteve envolvido ou foi conivente em casos de escândalo e corrupção.

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