Concluídos os nove dias de oração em sufrágio de Francisco, todas as atenções se voltam para o Conclave

Vatican Media

A Sé do apóstolo Pedro está vazia. A tradição da Igreja pede nove dias de oração pelo Pontífice falecido, e assim foi. No domingo, 4, concluíram-se as celebrações do chamado “novendiali”, ou novendiais, que consistiram em nove missas em sufrágio do Papa Francisco, a partir da missa de corpo presente. Ele morreu em 21 de abril. Agora, o foco das atividades do Vaticano se concentra na preparação do Conclave que elegerá o novo Bispo de Roma. 

Os preparativos para o Conclave estão nos últimos ajustes. A famosa chaminé que emite a fumaça branca – no caso da eleição do Papa – ou preta – se ainda não houver um eleito – já foi instalada no teto da Capela Sistina. Quatro votações serão realizadas por dia, duas de manhã e duas à tarde. 

A celebração da Eucaristia “Pro Eligendo Romano Pontifice”, a ser realizada pela manhã, na quarta-feira, 7, marca o último momento dos cardeais eleitores com os fiéis. Em seguida, eles se isolam para a eleição do novo Pontífice. 

As visitas à capela, que normalmente é aberta aos turistas que passam pelo Museu do Vaticano, estão proibidas. Milhares de policiais foram alocados para a segurança do território da Cidade do Vaticano, cujo governo anunciou que os celulares e sinais de comunicação ficarão bloqueados a partir do início da votação, na tarde do dia 7, até o anúncio do resultado da eleição. Espera-se que somente uma votação ocorra no primeiro dia. 

Todo o pessoal de serviço de cozinha, segurança e saúde que atuará durante o Conclave prestou um juramento e prometeu confidencialidade. Também os cardeais eleitores farão o mesmo juramento. 

A Casa Santa Marta, onde os cardeais ficam alojados, está pronta para receber os 133 hóspedes, os cardeais eleitores, a partir da terça-feira, 6. Todos eles já chegaram a Roma. A destinação dos quartos de cada cardeal é definida por sorteio. 

Entre a morte do Pontífice e a eleição do seu sucessor, todos os dias os cardeais presentes em Roma participam de reuniões “pré-conclave”, chamadas de “congregações gerais”. Nesses encontros, todos os cardeais têm direito à palavra: podem abordar, em breves discursos de 5 a 10 minutos, sobre temas que consideram prioritários na vida da Igreja, além do perfil ideal que o novo Papa deve ter. 

Essas reuniões também servem para tomar decisões pontuais sobre a organização do Conclave e o governo da Igreja, temporariamente nas mãos dos cardeais. De acordo com os comunicados realizados pela Sala de Imprensa da Santa Sé, serão 12 as congregações gerais, terminando na terça-feira, 6. 

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