Apesar do susto, paróquia libanesa atingida por explosão durante missa não teve feridos

Impacto da explosão arrancou vitrais das janelas do templo (Foto: Patriarcado Maronita)

Uma das cenas impactantes que repercutiram pelo mundo sobre a tragédia ocorrida em Beirute nesta terça-feira, 4, foi o vídeo de um sacerdote celebrando a missa quando o templo foi atingido pelo impacto das explosões na zona portuária da capital libanesa.

Tratava-se do Padre Rabih Tehumi, Vigário Paroquial da Paróquia Católica Maronita São Marun, localizada a cerca de 5 km do local das explosões.

Devido à pandemia de COVID-19, poucos fiéis estavam no local no momento. Além do Padre Rabih, também estava o Pároco, Padre Padre Marwan Moawad, que conduzia os cantos da liturgia.

No primeiro momento, os presentes acharam que fosse uma queda de energia, por isso, o sacerdote continuou a celebração. De repente, houve um estrondo maior e os vitrais foram arremessados das janelas.

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IMPACTO

Por meio de mensagem enviada à comunidade maronita do Brasil, o Pároco informou que, apesar do susto, ninguém se feriu gravemente e o seu Vigário, que aparece no vídeo sendo atingido por estilhaços, está bem.

Nesta quarta-feira, 5, o Patriarca Maronita, Cardeal Béchara Boutros Raï, visitou a Paróquia São Marun, acompanhado do Núncio Apostólico no Líbano, Dom Joseph Spiteri. Ele se encontrou com os padres e fiéis da comunidade e verificou pessoalmente os danos causados ao templo, que havia sido reformado há poucos anos.

Passado o susto maior, o Pároco agradeceu a preocupação com a saúde deles e com a paróquia e pediu orações para que possam “reconstruir não somente as pedras, mas também a confiança do povo neste momento difícil e doloroso”.

Também outras igrejas, como a Catedral São Jorge, que fica no centro de Beirute, sofreu muitos danos estruturais.

Patriarca Maronita e Núncio Apostólico no Líbano visitam Paróquia São Marun, após explosões (Foto: Patriarcado Maronita)

COMUNIDADE LIBANESA NO BRASIL

No Brasil há 10 anos, Padre Elias Karam, vigário judicial da Eparquia Maronita Nossa Senhora do Líbano, com sede em São Paulo, contou que, assim que soube da notícia da explosão, entrou em contato com seus pais, que moram em uma cidade próxima a Beirute. “Eles relataram que sentiram o impacto da explosão, mesmo estando a alguns quilômetros da capital. Felizmente eles não se feriram, mas os vidros da casa foram quebrados e a porta foi arrombada pela onda de choque”, destacou.

A comunidade libanesa do Brasil, uma das maiores do mundo, ficou muito abalada com notícia das explosões. “Por ser uma capital, todo mundo sempre conhece alguém que mora ou trabalha em Beirute e, por isso, a preocupação foi grande com a notícia”, ressaltou o Padre Elias.

FAMILIARES

Nesse período do ano, muitos libaneses que vivem no Brasil vão ao Líbano para visitar os seus parentes. “Este ano, por causa da pandemia, poucos foram, mas há algumas pessoas da nossa comunidade estavam lá e sentiram o impacto da explosão”.   

O sacerdote libanês também contou à reportagem que, assim que soube da notícia, entrou em contato com seus pais, que moram em uma cidade próxima a Beirute. “Eles relataram que sentiram o impacto da explosão, mesmo estando a alguns quilômetros da capital. Felizmente, eles não se feriram, mas os vidros da casa foram quebrados e a porta foi arrombada pela onda de choque”, destacou.

“Graças às redes sociais, estamos em constante contato com nossos familiares e amigos, e rezamos para que nosso povo possa superar mais esse sofrimento”, completou Padre Elias, reiterando o pedido de orações pelo povo libanês.

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